Juros

BlackRock: “Renda fixa hoje oferece uma oportunidade única e geracional”

04 set 2025, 18:12 - atualizado em 04 set 2025, 18:12
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Enquanto governos lutam contra situações fiscais complicadas e inflações ainda elevados, os atuais patamares de juros no Brasil e no mundo oferecem “oportunidades únicas” e que são “geracionais” na renda fixa. Ao menos é o que acredita o vice-presidente da BlackRock Brasil, Nathan do Nascimento.

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Em evento da Nu Asset, que debateu o poder da renda fixa, o executivo defendeu que a visão da casa é que os atuais patamares de juros, tanto no Brasil quanto no mundo, não se repetirão tão cedo. 

“Hoje você tem renda fixa pagando yields próximos de um topo que nós vimos apenas muitos anos atrás. A gente acha que é uma oportunidade geracional. Algo que não se vê há algum tempo e que muito provavelmente não vamos ver daqui para frente”, diz.

Segundo dados da BlackRock, 80% dos instrumentos globais de renda fixa, hoje, pagam ao menos 4% em dólar. Já em mercados emergentes, os rendimentos estão, em média, em 6%.

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E a visão é de que, em breve, o ciclo de corte de juros acelerará em todo o mundo, diminuindo as taxas.

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“Nós estamos nos preparando para um corte de juros pelo Federal Reserve, que pode puxar uma fila de alívio monetário. Um corte de 25 pontos-base em setembro parece encaminhado e o Fed deve começar a trazer falas com um tom mais de ‘side risk’, contextualiza. “Já na Europa, a situação está um pouco melhor. O Banco Central já trouxe a taxa para 2%, de 4%.”

As maiores economias do mundo devem, então, puxar as demais – inclusive as emergentes. Para ele, apesar de o consenso hoje ser de que o Banco Central brasileiro começará a cortar juros em 2026, há espaço para isso acontecer já em dezembro.

Em relação às contas públicas, apesar das situações fiscais mundo afora serem ainda delicadas, a visão da casa é que, no geral, as coisas estão melhorando. 

“Os fundamentos dos mercados emergentes estão melhorando. As contas externas, em média, têm melhorado. Os Bancos Centrais estão sendo capazes de lidar com as dificuldades. A questão fiscal, em comparação com a expansão durante a pandemia, melhorou ao se olhar a maioria dos resultados primários. Há uma cura das expansões”, fala Nascimento.

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Renda fixa privada

E quando o assunto é renda fixa privada brasileira, a visão também é positiva. Na mesma mesa, Marta Veloso, diretora da Fitch Ratings no Brasil, disse que as empresas mantiveram a qualidade dos seus créditos nos últimos anos.

“Nós não vemos muitos perigos porque as companhias se prepararam bem para a atual situação. Várias cortaram investimentos, diminuíram a distribuição de dividendos para manter a liquidez e controlaram os níveis de alavancagem”, comenta Veloso. 

Hoje, segundo ela, a alavancagem média das empresas brasileiras é de 2,5x. “São aplicações bastante gerenciáveis e os refinanciamentos não são riscos relevantes”, acrescenta. 

Entre os riscos para a renda fixa, pública ou privada, eles mencionam, estão a questão tarifária dos Estados Unidos e uma inflação mais forte na maior economia do mundo por mais tempo — o que travaria os cortes do Fed. Mais para o médio e longo prazo, o fiscal norte-americano também pode emitir alertas.

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Já para o Brasil, a trajetória da dívida pública foi citada pelos dois executivos. Uma deterioração, segundo eles, faz crescer a chance de perda de credibilidade do país, levaria a manutenção dos juros altos por mais tempo e afetaria o custo de crédito para as companhias.

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vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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