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Com retorno de dividendos de 10%, Bmg (BMGB4) vale metade dos outros bancos em bolsa, diz executivo

18 set 2025, 12:48 - atualizado em 18 set 2025, 12:48
Flavio Guimarães
No ano, o papel caminha pouco, com alta de 4,59%, longe do desempenho do Ibovespa (Imagem: Divulgação)

Longe dos holofotes de outros bancões, como o Itaú (ITUB4) ou o Banco do Brasil (BBAS3), o Bmg (BMGB4), que entrou na bolsa na última safra de IPOs, em 2019, ainda não conseguiu embalar.

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No ano, o papel caminha pouco, com alta de 4,59%, longe do desempenho do Ibovespa, por exemplo, que salta 20% e renova máximas.

Porém, para Flavio Guimarães, VP Financeiro do Bmg, enquanto o banco negocia a 0,6x o preço sobre o valor patrimonial (P/BV), a ação está com retorno de dividendos de 10%, que, segundo o executivo, é um dos maiores do mercado.

Guimarães foi um dos palestrantes do AGF Day, da família Barsi.

Veja a tabela abaixo:

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ROE P/BV DY
Banco Bmg (BMGB4) 14,3% 0,6x 10,5%
Bancos Médios listados 15,9% 1,3x 5,4%
Bancos listados 16,8% 1,2x 7,3%

Segundo Guimarães, o banco tem pago dividendos não só com frequência, mas também em volumes relevantes, acima de 10%.

‘Pagamos dividendos trimestralmente e, portanto, a cada ano temos dividendos.’

Questionado se o Bmg pretende implementar um calendário de dividendos para aumentar ainda mais a previsibilidade, Guimarães respondeu que é algo que levará para discussão interna.

‘Mas, independentemente de calendário, temos mantido pagamentos trimestrais. Sempre após a divulgação de resultados, alguns dias depois, comunicamos o valor do dividendo. Essa tem sido a nossa dinâmica.’

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O que diferencia o Bmg de outros bancos?

Guimarães destaca que o banco atua em linhas mais seguras, com menos risco de inadimplência.

‘70% do crédito é consignado. E, dentro desse total, 90% são operações com aposentados e pensionistas do INSS. Isso significa risco soberano, ou seja, o risco mais baixo do Brasil.’

Para ele, é uma carteira conservadora, segura e, como gosta de dizer, anticíclica.

No segundo trimestre, a carteira de crédito do Bmg atingiu R$ 24,7 bilhões, alta de 1,7% na comparação anual, com o índice de inadimplência acima de 90 dias encerrando o trimestre em 3,8%, redução de 0,8 ponto percentual ante igual período de 2024.

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Ainda segundo o executivo, o banco também consegue ter um custo fixo, sem grandes variações.

‘Se amanhã nenhum cliente quiser ir às lojas e preferir apenas o aplicativo, tudo bem: nosso canal físico praticamente não terá custo, já que a estrutura é enxuta. Diferente de outros bancos, não temos o ônus de precisar desmobilizar uma rede gigantesca.’

O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 125 milhões, alta de 19% em relação ao mesmo período do ano passado, com melhora em rentabilidade e queda em inadimplência.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.