Setor Aéreo

Boeing planeja simulador de voo do Max na Índia, diz SpiceJet

24 jan 2020, 14:41 - atualizado em 24 jan 2020, 14:41
Boeing
(Imagem: Facebook/Boeing)

A Boeing (BA) estuda a instalação de um simulador de voo para o 737 Max na Índia e, com isso, ajudar a acelerar a retomada dos serviços naquele mercado, de acordo com a SpiceJet, um dos maiores clientes do jato de corpo estreito.

A fabricante de aviões dos EUA negocia com a Índia a abertura de uma instalação local em abril ou maio, disse o presidente do conselho da SpiceJet, Ajay Singh, em entrevista na sexta-feira durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

“Temos discussões em andamento com a Boeing, mas acho que eles pagarão pelo treinamento”, disse Singh. A SpiceJet desativou 13 jatos depois que os voos com o Max foram suspensos globalmente em março após dois acidentes. A empresa tem 205 pedidos ou opções do modelo.

A Boeing informou em 8 de janeiro que havia aconselhado reguladores que os pilotos precisariam de mais treinamento do que breves instruções em tablets antes de pilotar o Max.

A medida pode aumentar os custos em US$ 5 bilhões, de acordo com a Bloomberg Intelligence, uma vez que a empresa deverá reembolsar as despesas das companhias aéreas depois de ter vendido o jato assegurando que pilotos certificados para o 737 anterior precisariam de mínimo treinamento adicional.

Em 21 de janeiro, a fabricante alterou o cronograma para o retorno das operações com o Max, dizendo que o jato só voltará a voar em meados de 2020. Singh disse que obteve a informação de que a recertificação é esperada para março ou abril. Isso significa que, após o treinamento de pilotos e outras etapas, os aviões da SpiceJet estarão “aptos a voar em maio ou junho”.

Como vários outros líderes de companhias aéreas, Singh disse que estará no primeiro voo do Max, acrescentando que o jato será a aeronave mais segura “com toda a diligência sendo feita”.

A SpiceJet espera chegar a um acordo com a Boeing para uma compensação por seus aviões parados nas próximas semanas, disse Singh. O dinheiro deve compensar a perda de rentabilidade para que a empresa não precise levantar novos recursos.

A companhia aérea continua conversando com a Airbus, rival da Boeing, outras companhias aéreas e empresas de leasing para expandir a capacidade, disse.

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