BofA e Goldman Sachs elevam projeção anual para o S&P 500

A BofA (Bank of America) Global Research e o Goldman Sachs se tornaram nesta terça-feira as mais recentes corretoras de Wall Street a revisar para cima suas projeções para o índice S&P 500 até o fim do ano, impulsionadas por uma redução nas incertezas políticas, lucros corporativos resilientes e possíveis cortes nas taxas de juros.
A BofA elevou sua projeção para o índice de referência para 6.300, ante 5.600. Já o Goldman Sachs aumentou sua meta para 6.600, ante 6.100, o que representa um potencial de valorização de cerca de 1% e 6%, respectivamente, em relação ao último fechamento de 6.229,28.
Essa é a segunda revisão para cima do Goldman em dois meses, após um aumento anterior no início de maio.
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No início do ano, várias corretoras (incluindo a própria BofA) haviam reduzido suas metas para abaixo de 6.000 após as tarifas do “Dia da Libertação” anunciadas em abril pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que geraram temores de recessão e aumentaram as tensões no comércio global, provocando uma forte queda nos mercados de ações.
No entanto, a redução em algumas tarifas desde então aliviou o sentimento dos investidores, diminuiu os riscos de recessão e impulsionou os mercados para máximas históricas na semana passada.
“Uma perspectiva resiliente para o crescimento dos lucros em 2026, a retomada dos cortes de juros pelo Fed e uma posição neutra dos investidores sugerem mais espaço para valorização do mercado, à medida que o rali recente, antes concentrado, se amplia”, afirmou o Goldman Sachs em nota publicada na noite de segunda-feira.
No mês passado, Barclays, Citigroup e Deutsche Bank também elevaram suas metas para o S&P 500.
Além disso, dados econômicos mais fracos nos EUA recentemente aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve possa continuar reduzindo as taxas de juros, o que tende a beneficiar o mercado acionário.
“Os dados recentes de inflação e pesquisas corporativas indicam que o repasse das tarifas aos preços foi, até agora, menor do que esperávamos”, avaliou o Goldman.
A corretora também aumentou suas metas para o índice no curto prazo (3 meses) e no longo prazo (12 meses), para 6.400 e 6.900, respectivamente, ante projeções anteriores de 5.900 e 6.500.
Na segunda-feira, Trump intensificou sua guerra comercial, informando a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, que enfrentarão aumento acentuado de tarifas a partir do novo prazo de 1º de agosto.
“Esperamos que o impacto das tarifas seja absorvido gradualmente, e que as empresas de grande capitalização tenham algum colchão, graças aos estoques acumulados antes do aumento nas tarifas”, concluiu o Goldman.