Comprar ou vender?

BofA eleva preço-alvo da Equatorial (EQTL3); o que faz os analistas acreditarem em uma alta de 23%?

10 jun 2025, 17:05 - atualizado em 10 jun 2025, 17:41
jcp elétrica equatorial pará
Em relação ao valor da ação no último fechamento (9), a ação pode ter uma valorização de quase 23%. (Imagem: Pixabay)

O Bank of America revisou para cima o preço-alvo das ações da Equatorial (EQTL3), passando de R$ 41 para R$ 44 (potencial alta de 23%), e reiterou a recomendação de compra para os papéis.

A revisão reflete, dentre outros fatores, a atualização das premissas macroeconômicas, o impacto limitado das mudanças regulatórias recentes e o desempenho acima do esperado nos resultados trimestrais.

O banco vê a elétrica bem posicionada para manter retornos sobre o patrimônio líquido (ROE) sustentáveis, acima do custo de capital, especialmente no segmento de distribuição.

A expectativa é de que o Ebitda da companhia continue cerca de 20% acima dos níveis regulatórios, impulsionado por custos operacionais mais baixos e crescimento de volume.

Segundo os analistas do BofA, a Equatorial também se destaca pela estrutura de capital eficiente e pela capacidade de desalavancagem mais acelerada, favorecida pelas recentes vendas de ativos – movimento que abre espaço para novas oportunidades de crescimento inorgânico no médio prazo, disseram.

Nesta terça-feira (10), EQTL3 encerrou as negociações com alta de 1,62%, a R$ 36,41.

Impacto regulatório limitado nas ações da Equatorial

Vale lembrar que em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma nova metodologia para calcular o Opex regulatório — ou seja, os custos operacionais reconhecidos nas tarifas de energia. Essa mudança afeta como as distribuidoras de energia, como a Equatorial, são remuneradas por suas despesas operacionais dentro do modelo de regulação do setor.

No entanto, segundo o BofA, o impacto dessa nova regra sobre a Equatorial será limitado. O banco estima que o efeito negativo no valor presente líquido da empresa será de apenas 2%. Na prática isso significa que, mesmo com o ajuste regulatório, o valor de mercado estimado da companhia deve sofrer uma redução pequena.

Além disso, o banco americano destaca que esse impacto pode ser parcialmente compensado por melhorias nos parâmetros operacionais, como os índices de continuidade do fornecimento de energia. Caso a Equatorial registre avanços nesses indicadores, pode neutralizar parte da perda provocada pela nova metodologia.

A análise destaca ainda que a Equatorial pode se beneficiar de uma reprecificação relativa no setor, dada a perspectiva de maior crescimento do lucro por ação (EPS) nos próximos trimestres, em relação a concorrentes como a Energisa (ENGI11), que teve o preço-alvo revisado para baixo, de R$ 65 para R$ 62.

Os papéis ENGI11 encerraram o pregão desta terça-feira (10) com alta de 0,24%, a R$ 46,61.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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