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Boi: disparada leva a ajuste na B3, mas retomada é alvo ante firmeza futura do físico

03 set 2020, 15:53 - atualizado em 03 set 2020, 16:04
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Disparada do boi no físico e na B3 segue com peso da China sobre o mercado todo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A firmeza do boi da seca, que já encontra pontualmente animais com prêmio China a R$ 243, ou mesmo tentativas de pedidos de R$ 245, contaminando o mercado todo em boa dose, disparou as cotações da B3 (B3SA3), que agora ensaia realização de lucros.

Na abertura da bolsa nesta quinta-feira (3), havia 28.968 opções de venda, contra 20.191 contratos futuros. As opções de compras passavam das 50,7 mil.

Até o começo da tarde, segundo a Agrifatto, desde a sexta passada os futuros perderam 4 mil contratos. Há pouco, entre o outubro e dezembro, as reduções iam de 1,96% (R$ 237,55) a 1,79% (R$ 241,55).

“O mercado passou sem parar dos R$ 230 e vem realizando o ajuste”, observa o analista Yago Travagini.

Pode estar havendo ainda algum balanceamento, especialmente no outubro e novembro, testando a esperada maior saída de animais de confinamento, mas Travagini não vê sinais de franqueza no boi no físico.

A escalada dos vencimentos futuros na bolsa deve ser retomada.

Alguns estados estão com a @ em cotações parelhas ante São Paulo, entre os quais Minas Gerais, Goiás e até no Mato Grosso Sul, onde o Balizador GPB trouxe, com base em negócios de ontem, o boi inteiro a R$ 240.

Ou seja, o diferencial de base, diferença entre as praças originadoras estaduais e a praça paulista, praticamente não existe mais.

O que torna mais complicado para os frigoríficos preencherem as escalas de abate no principal estado consumidor. Na marca mais otimista, estão entre 5 e 6 dias.

No boi comum, de R$ 230 a R$ 235, com exceção do Mato Grosso Sul, pouco mais em conta.

A expectativa agora fica para a saída da carne no pagamento de setembro e qual o peso da ‘entressafra’ de vendas na segunda quinzena do mês (preços da carcaça casada no atacado vão se sustentar?), apesar de os abates para exportações – média de 27% do total, de acordo com a Agrifatto -, mas que em julho passou dos 30%, estejam influenciando bastante a pressão sobre os frigoríficos.

 

 

 

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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