Pecuária de corte

Boi: mercado trabalha com estabilização na semana e olha potencial de oferta em outubro

21 set 2020, 17:45 - atualizado em 21 set 2020, 17:45
Frigoríficos Carnes Boi Agronegócio
Carcaça casada esfriou, o que mostra aumento da dificuldade de escoamento do varejo (Imagem: Reuters/Eric Gaillard)

Ainda não se fala que o boi gordo atingiu o teto de preços nas principais praças, com São Paulo rondando os R$ 250 a @ para o animal padrão Brasil, mas se começa a especular que a possibilidade de estabilização esta semana é um preparativo para a oferta maior de outubro.

Deverá haver uma desova de animais de confinamento o mês que vem, de acordo com o pecuarista Juca Alves, e os frigoríficos podem tentar alguma pressão.

Na região de Barretos, Alves tem conhecimento de produtores com volume de animais confinados à espera, sendo um deles, exemplifica, com 8 mil animais confinados e 2 mil prontos que consegue segurar mais uns dias. Mas vai ter que soltar, enquanto novos lotes vão terminando de engordar.

Ele viu negócios com boi comum a R$ 250, em frigoríficos menores, com mais dificuldades de fechar escalas, entre os quais o Barra Mansa. Mas essa faixa deverá ser a de boi China em outubro, acredita.

Yago Travagini, da Agrifatto, de olho na carcaça casada entre R$ 15,80 e R$ 16, pensa que o cenário poderá ser de boi andando de lado na semana. Como esta, a consultoria Scot também não registrou negócios para cima nesta segunda (21).

Até o meio da semana passada, o boi resistiu a menor demanda sazonal do início da segunda quinzena do mês, mas terminou em recuo. Houve um ‘atraso’ da segunda quinzena.

Mesmo saindo mais animais de confinamento, e sinalizando com um teto para os preços, ainda não se espera recuo. A oferta seguirá aquém do básico para o Brasil e da continuidade das exportações aos chineses.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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