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“Boi sanfona” ou venda a qualquer preço? Com JBS (JBSS3) parada, estoque sobrará no MT

12 ago 2022, 13:56 - atualizado em 12 ago 2022, 18:20
Boi Gado Agropecuária Agronegócio
Agosto deverá ter sobra de boi acabado no Mato Grosso sobre julho

O cenário de abate de bovinos no maior estado produtor do Brasil deve sofrer uma inversão considerável neste mês, a contar desta turbulenta semana no qual a JBS (JBS3) está deixando milhares de produtores sem terem onde escoar animais. Ou vendem com a @ nas mínimas ou verão “boi sanfona” (quando perde peso depois de passar do ponto de abate).

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Há dois dias o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou aumento do número de cabeças que passaram pelos frigoríficos em julho, 461,17 mil (pouco mais de 3% sobre junho), no mesmo dia em que explodiu a bomba de paralisações de quatro unidades da JBS no estado.

Junto, vários concorrentes, menores, também saíram dos negócios e abateram mais os preços, contaminando outros estados, como em São Paulo.

Como a situação segue confusa, sem que se saiba ao certo a realidade – e o grupo não informa nada oficialmente – não se projeta a data da volta das férias coletivas ou de paralisações definitivas em Juara, Juína, Colíder e Pontes e Lacerda.

O que se comenta é que o mercado interno não deixa espaço para compras de animais comuns, a esmagadora maioria dos lotes que chegam nas unidades. Sem margem, as indústrias não querem se comprometer com custo mais alto de originação.

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A única planta da JBS habilitada para exportação à China é de Barra do Garças.

O mês já está comprometido.

Os produtores que tiverem pasto vão ter que estocar os animais. Os de confinamento e semiconfinamento, em volume bem menor, que não estavam escalados a termo, ou vendem com a @ derretendo ou vão ver seu capital perdendo peso.

Os dados do Imea relativos a julho vieram com 3,74% de aumento sobre junho, e ainda batendo recorde para o acumulado de 21 meses.

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Com a surpresa do aumento do número de machos, que registraram acréscimo acima de 10,5% (275 mil cabeças), quando se esperava aumento do número de fêmeas, já que se conta para um ano de menor retenção de matrizes.

Ainda assim o número de vacas foi maior que no mesmo mês de 2021.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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