Banco Central do Japão (BOJ)

BoJ piora tombo para PIB do Japão a 5,5% em 2020, mas indica pausa na política monetária

29 out 2020, 8:15 - atualizado em 29 out 2020, 8:15
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O Banco do Japão alertou que a perspectiva é altamente incerta já que a pandemia pesa sobre os gastos no setor de serviços (Imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon)

O banco central do Japão reduziu nesta quinta-feira suas estimativas para a economia e a inflação no atual ano fiscal, mas ofereceu uma visão mais positiva sobre as perspectivas de recuperação, sinalizando que adotou estímulo suficiente por enquanto.

O Banco do Japão, entretanto, alertou que a perspectiva é altamente incerta já que a pandemia pesa sobre os gastos no setor de serviços e o ressurgimento das infecções na Europa afetam as perspectivas para uma recuperação global sustentada.

O presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, disse que o banco está pronto para prorrogar o prazo de março de 2021 de seu programa de resposta à crise para ajudar as empresas em dificuldades, e adotar medidas adicionais de afrouxamento monetário se necessário.

“Vamos prorrogar o prazo, se considerarmos necessário e apropriado”, disse ele em entrevista sem esclarecer quando o Banco do Japão tomará essa decisão.

“Também há bastante espaço para expandir a escala de afrouxamento para cada elemento de nosso programa de resposta à crise”, completou.

Como esperado, o banco central manteve a política monetária, incluindo a meta de -0,1% para a taxa de juros de curto prazo e a promessa de guiar os juros de longo prazo em torno de 0%.

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Como esperado, o banco central manteve a política monetária (Imagem: Reuters/Toru Hanai/File Photo)

O Banco do Japão também não alterou o pacote de medidas com o objetivo de aliviar os apertos de financiamento corporativo, que se tornou sua principal ferramenta para lidar com a economia afetada pela pandemia.

Em relatório trimestral, o Banco do Japão piorou a previsão para a economia no atual ano fiscal que termina em março de 2021 a uma contração de 5,5% contra queda de 4,7% projetada em julho, refletindo os gastos fracos em serviços durante o verão.

Também diminuiu a perspectiva para o núcleo dos preços ao consumidor a uma queda de 0,6% ante recuo de 0,5% visto em julho.

Entretanto, revisou a previsão para o próximo ano fiscal para uma alta de 3,6%, contra 3,3% em julho.

O banco central também melhorou sua avaliação sobre as exportações e produção, dizendo que elas estão “aumentando”. Em julho, a visão era de que elas estavam caindo com força.

“A economia do Japão deve melhorar como tendência conforme o impacto da pandemia de coronavírus enfraquece gradualmente, embora o ritmo da recuperação vá ser moderado”, apontou o relatório.

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