Bolsa brasileira é carente de ações de ‘qualidade’, diz WHG Asset
Em um momento que analistas reiteram que o Ibovespa está barato, a gestora da Wealth High Governance (WHG) pondera que a Bolsa brasileira é carente de oportunidades de ações de “qualidade”.
A aparente divergência de opiniões é explicada pela composição do principal índice da Bolsa, que tem grande peso de bancos e commodities.
“A Bolsa está barata porque empresas estatais estão baratas”, acrescentou ao Money Times o CIO da WHG, Andrew Reider.
O executivo destacou ainda que as empresas de capital aberto, no geral, estão entregando resultados fortes.
A casa de mais de R$ 20 bilhões sob gestão (considerando a frente de wealth) divide os papéis em quatro categorias: qualidade, crescimento, cíclicos e defensivos.
As ações de qualidade seriam as de negócios bem-sucedidos, com margens saudáveis e resultados sólidos constantes.
A gestora diz gostar de papéis de qualidade do setor de consumo – Disney (DISB34) e Nike (NIKE34), cita o gestor – e os de saúde – Rede D’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3), destacou
Ibovespa e as ‘mesmas ideias’
A composição do Ibovespa também explicaria porque historicamente os fundos de ações brasileiros batem o índice, segundo a WHG.
Reider destacou que para bater o índice as gestoras no país vão “atrás das mesmas ideias”. A dinâmica torna escassas as oportunidades, afirmou.
Recentemente, as gestoras compraram ações de qualidade que estavam baratas, como Localiza (RENT3) e Renner (LREN3), destacou Reider.
“Para nós, investir lá fora faz mais sentido do que no Brasil”, afirmou.
A WHG mantém uma exposição em média de 5% ao mercado brasileiro com um fundo long biased, mas a proporção já chegou a 25%.
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