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Bolsa continua barata mesmo com o ‘tarifaço’ de Trump, dizem gestores em pesquisa do BTG Pactual

04 ago 2025, 11:36 - atualizado em 04 ago 2025, 11:36
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Mesmo com a pressão do tarifaço dos EUA, gestores veem o Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos e seguem apostando em ações de serviços básicos, imobiliário e financeiro. (Imagem: Canva Pro)

A “surpresa” com as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros à importação nos Estados Unidos derrubou a bolsa brasileira nos últimos pregões. Mas, mesmo com a recente onda de queda e a pressão das taxas de importação sobre as empresas, os investidores seguem avaliando que o mercado brasileiro “barato”. 

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Com as incertezas sobre as relações do Brasil e dos EUA pós-tarifaço e o desfecho das negociações comerciais, os gestores veem o Ibovespa (IBOV) estável entre os 130 mil e 140 mil pontos, de acordo com a pesquisa do BTG Pactual divulgada na última quinta-feira (31).  

“O mercado parece vulnerável aos desdobramentos das tarifas no curto prazo e altamente suscetível aos fluxos estrangeiros, que têm ditado os movimentos dos preços ultimamente”, escreveram os estrategistas. 

Eles ainda destacaram que os estrangeiros venderam quase R$ 10 bilhões em ações em junho. 

Bolsa ainda barata

Segundo a pesquisa do BTG Pactual, 63% dos entrevistados consideram o principal índice da bolsa brasileira ainda subvalorizado, um aumento em relação aos 54% da pesquisa anterior, realizada em maio. 

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“A correção recente parece ter aberto algumas oportunidades, mas percebemos alguma cautela em aumentar o risco”, afirmaram os estrategistas do banco no relatório. 

Os participantes estão prevendo um mercado mais estável, com 42% deles projetando o Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos. Em meio, essa visão era compartilhada por 29% dos gestores. 

Para os estrategistas, as eleições presidenciais de 2026 continuam a ser um tema dominante, sendo citado por 70% dos entrevistados — um aumento em relação aos 51% anteriores.

As preocupações fiscais ficaram em segundo lugar, mencionadas por 18% — uma queda em relação aos 33% em média. 

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 Sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos, 60% dos entrevistados esperam uma redução nas alíquotas nos próximos meses. “Isso pode significar que alguns estão vendo a queda mais como uma oportunidade gradual de compra [do mercado brasileiro], afirmaram os estrategistas do BTG Pactual. 

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Onde investir? 

Ainda de acordo com a pesquisa, o setor de serviços básicos continua sendo a posição comprada mais popular, recebendo 30% dos votos dos entrevistados em junho. 

O setor imobiliário ficou em segundo lugar, com 19% — devido à habitação de baixa renda, na avaliação dos estrategistas do BTG Pactual. 

Com 16% da preferência, o setor financeiro foi o terceiro mais citado. Os estrategistas ainda destacaram que há muito pouco interesse no varejo.

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Entre as ações preferidas estão Sabesp (SBSP3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Equatorial (EQTL3). 

Fora do consenso e consideradas teses mais arriscadas estão Tenda (TEND3), Auren Energia (AURE3) e Cosan (CSAN3)

Por outro lado, os gestores estão buscando “vender a recente alta” em materiais básicos — Vale (VALE3), por exemplo, — que alcançou 40% do total de votos, contra 29% na pesquisa anterior. 

Além de Vale, as “shorteadas” são Ambev (ABEV3) e Banco do Brasil (BBAS3). 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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