Política

Bolsa Família é mais efetivo para combater pobreza que auxílio emergencial, diz economista

10 mar 2021, 22:08 - atualizado em 10 mar 2021, 22:13
Bolsa Família
O Bolsa Família gerou um gasto de apenas 0,58% do PIB em 2019 (Imagem: Bolsa Família)

O Bolsa Família tem um melhor resultado no combate a pobreza do que o auxílio emergencial. A análise foi divulgada pelo economista da ESPM, Leonardo Trevisan.

Embora o dinheiro do auxílio emergencial tenha ajudado as famílias de baixa renda em 2020, o custo desse programa não é tão positivo quando comparamos ao Bolsa Família.

O auxílio trouxe uma despesa (até o dia 22 de dezembro) de R$ 294 bilhões, cerca de 14% do PIB. Enquanto isso, o Bolsa Família gerou um gasto de apenas 0,58% do PIB em 2019.

Para Leonardo Trevisan, além de mais barato, o Bolsa Família é mais efetivo.

“A diferença entre o Bolsa Família e o auxílio emergencial, por mais necessário que o último seja, é a vinculação de obrigações impostas às mães das famílias beneficiadas”, afirmou o economista da ESPM.

Leonardo Trevisan
Para Leonardo Trevisan, além de mais barato, o Bolsa Família é mais efetivo (Imagem: Imprensa/Divulgação)

O especialista vê nas contrapartidas estabelecidas pelo Bolsa Família um instrumento fundamental no combate a desigualdade, pois os filhos são obrigados a frequentar a escola e as mães devem comparecer às consultas médicas.

Desse modo, o impacto social do Bolsa Família é muito maior do que o do auxílio emergencial.

Isso ocorre pelo fato da obrigatoriedade do uso de serviços da saúde e educação ajudarem a diminuir o índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo.

Ainda segundo Trevisan, caso o governo aumente o número de beneficiários do Bolsa Família, o impacto fiscal seria muito menor.

“Deveríamos ampliar a base de famílias credenciadas para receber o benefício, passando de 14 para 21 milhões. Ainda assim, o investimento é baixo, subiria dos 0,58% para 0,8% do PIB, o que equivale a 14 bilhões de reais”, diz o economista.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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