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Bolsa na China reabre na sexta; prepare-se para fortes emoções

07 out 2021, 12:24 - atualizado em 07 out 2021, 12:26
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Com a reabertura das negociações, investidores se concentrarão no próximo alvo do governo de Pequim e no impacto do default de um título em dólar da incorporadora Fantasia Holdin (Imagem: REUTERS/Aly Song)

Os mercados financeiros da China reabrem pela primeira vez em uma semana na sexta-feira, e investidores se preparam para a volatilidade depois de um default surpresa no setor imobiliário além da escassez global de energia.

O feriado da Semana Dourada ofereceu uma rara trégua de uma ofensiva regulatória que já dura meses e que sacudiu mercados financeiros mundiais.

Com a reabertura das negociações, investidores se concentrarão no próximo alvo do governo de Pequim e no impacto do default de um título em dólar da incorporadora Fantasia Holdings esta semana, o primeiro do setor imobiliário desde a turbulência envolvendo a China Evergrande.

Haverá grande interesse em como o Banco Popular da China pode manter o fluxo de liquidez, devido ao grande volume de dívidas de curto prazo que vence neste mês. Cerca de 340 bilhões de yuans (US$ 53 bilhões) em acordos de recompra reversa de 14 dias vencem na sexta-feira, quando os mercados onshore reabrem.

Ações chinesas listadas em Hong Kong acumulam baixa de 0,2% desde a última negociação dos mercados na China continental. Na quarta-feira, os índices caíram para níveis não vistos desde o estouro da bolha de ações da China em 2016, mas se recuperaram na quinta-feira. O yuan offshore mostrou pouca variação.

O clima entre investidores chineses “recentemente se recuperou para um nível neutro, mas a tendência é decididamente de baixa e os ganhos são limitados por recentes casos de default domésticos”, disse Olivier d’Assier, chefe de pesquisa aplicada para Ásia-Pacífico da Qontigo.

“As principais questões que afetam a confiança têm sido puramente internas até agora, mas, na frente geopolítica, as negociações comerciais EUA-China ainda não ocorreram e esta questão permanece sem solução.”

As relações com os EUA estão no radar após a notícia de que o presidente Joe Biden planeja uma reunião virtual com Xi Jinping até o final do ano.

A representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, também deve conversar com o vice-premiê Liu He nos próximos dias, já que os dois países ainda estão em desacordo sobre os compromissos da China sob o pacto comercial de janeiro de 2020.

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