Bolsas europeias fecham em baixa, apreensivas com Fed e petróleo russo; Stoxx 600 cai 1,08%

As bolsas europeias fecharam esta quarta-feira (4) em baixa, com agentes de mercado aguardando o anúncio da decisão do Federal Reserve, o banco central norte americano, que deve subir o tom em relação ao aperto monetário no país.

Investidores também seguem atentos a impactos econômicos cada vez maiores decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia, com o anúncio de mais sanções por parte da União Europeia à Rússia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 1,08%, a 441,73 pontos .

Nos destaques setoriais, as quedas mais acentuadas foram em ações ligadas a automóveis e peças, serviços financeiros e produtos e serviços ao consumidor — os três grupos tiveram a mesma queda, de 1,53%. Se manteve firme o setor de químicos, com alta de 0,62%.

Nervosismo nos mercados

Os agentes de mercado seguem no aguardo da decisão de política monetária do órgão americano que deve ser divulgada às 15h (de Brasília). A expectativa majoritária é de elevação dos juros em 0,5 ponto percentual.

Os mercados têm precificado novos aumentos dos juros durante este ano e no próximo, incluindo pelo menos mais dois aumentos de 0,5 percentual, com os operadores apostando que o banco central vai agir muito mais rapidamente do que havia previsto em março para elevar custos de empréstimo até o ponto em que eles começarão a reduzir a inflação.

Sem novas projeções econômicas ou para os juros até a reunião de junho do Fed, a maioria das pistas sobre até onde e com que rapidez o banco central irá agir virá da entrevista à imprensa do chair do Fed, Jerome Powell, meia hora após a divulgação do comunicado.

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Mais sanções à Rússia

A União Europeia propôs nesta quarta sanções mais duras contra a Rússia, incluindo um embargo gradual ao petróleo exportado pelo país.

Pressionando a já fragilizada economia de 1,8 trilhão de dólares da Rússia, a Comissão Europeia propôs a eliminação gradual do fornecimento de petróleo russo dentro de seis meses e produtos refinados até o final de 2022.

O plano, se aprovado pelos governos da UE, seria um divisor de águas para o maior bloco comercial do mundo, que continua dependente da energia russa e precisa encontrar suprimentos alternativos.

Confira os índices das bolsas europeias

*Com informações da Reuters

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