Política

Bolsonaro lamenta ataque contra Cristina Kirchner e diz que querem culpá-lo pelo ocorrido

02 set 2022, 15:17 - atualizado em 02 set 2022, 15:17
Jair Bolsonaro
O agressor ali, ainda bem, que não sabia mexer com arma, se soubesse teria sucesso”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que mandou uma “notinha” lamentando a tentativa de assassinato sofrida na véspera pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e afirmou que algumas pessoas querem colocar a culpa do ocorrido nele.

“Mandei uma notinha, eu lamento. Agora quando eu levei a facada, teve gente que vibrou por aí, né? Lamento, já teve gente querendo botar na minha conta este problema. O agressor ali, ainda bem, que não sabia mexer com arma, se soubesse teria sucesso”, disse Bolsonaro em entrevista no Rio Grande do Sul.

“Apesar de não ter nenhuma simpatia por ela, não desejo isso para ela. Agora, quando eu levei a facada, esse pessoal da esquerda ficou calado, mas tudo bem”, acrescentou o presidente, que foi alvo de uma facada durante a campanha presidencial de 2018.

Ao contrário do que afirmou Bolsonaro, políticos de esquerda repudiaram o atentado que ele sofreu durante a campanha de 2018. Candidato do PT naquele pleito, Fernando Haddad, disse no Twitter à época: “Repudio totalmente qualquer ato de violência e desejo pronto restabelecimento a Jair Bolsonaro”.

Presidenciável do PSOL na eleição daquele ano, Guilherme Boulos também usou o Twitter na ocasião para repudiar o atentado e cobrar investigações.

A ex-presdidente Dilma Rousseff também se manifestou à época, lamentando o ocorrido. Ao votar pelo impeachment da petista em 2016, o então deputado Bolsonaro homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que torturou Dilma durante a ditadura militar.

Cristina Kirchner escapou ilesa depois que um homem apontou contra ela uma arma carregada que não disparou a centímetros de sua cabeça.

O ataque aconteceu quando Cristina saiu de um carro do lado de fora de sua casa em Buenos Aires, onde centenas de apoiadores se reuniam. Imagens de vídeo mostraram um homem segurando uma pistola próxima à cabeça dela.

O suposto agressor, identificado pelas autoridades como um homem de 35 anos de origem brasileira, foi rapidamente preso pela polícia e a arma apreendida.

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