Eleições

Bolsonaro x Lula: Duelo terá dois segundos turnos nas eleições; e o primeiro já foi

04 out 2022, 15:28 - atualizado em 04 out 2022, 16:06
Placar final entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno e baixo percentual de brancos e nulos sugerem convicção do eleitor (Fonte: Base de dados)

O resultado final do primeiro turno das eleições deste ano sugere que quem saiu de casa no último domingo (2) estava determinado a resolver a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) de uma vez. Afinal, o percentual de 4,4% de votos brancos e nulos foi o menor desde 1994, totalizando 5,4 milhões, a metade do registrado em 2018. 

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Além disso, a soma dos percentuais de votos válidos no petista e no candidato à reeleição no primeiro turno chega a impressionantes 92%, com um placar apertado entre os dois. Enquanto o ex-presidente que tenta um inédito terceiro mandato ficou com 48,43%, o atual presidente teve 43,20% dos votos válidos.

Ou seja, a distância foi de apenas 5 pontos percentuais. “Isso significa que este ano há na mesma eleição duas vezes o segundo turno”, avalia o cientista político e diretor do Instituto Brasilis, Alberto Carlos Almeida. “O primeiro turno foi equivalente ao segundo turno e o segundo turno será o segundo turno [de fato]”, emenda.

Ele se refere à disputa acirrada, concentrada apenas em ambos os candidatos. Portanto, o eleitor que compareceu às urnas no início do mês estava convicto do voto. “As pessoas querem votar em algum candidato. Por isso, é muito difícil reverter o resultado do primeiro turno”, avalia Almeida, que também é autor de vários livros sobre as eleições presidenciais no Brasil.

Sem erro, nem protesto

Apesar de ter sido o percentual mais baixo desde 1994, quando atingiu taxa de 4,06%, os votos brancos e nulos vêm caindo, historicamente. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois de alcançar um pico de 18,7% em 1998, o percentual veio abaixo de dois dígitos em 2006 e, desde então, vem caindo.

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Neste ano, o estado com a maior taxa de votos brancos e nulos foi São Paulo, com 5,64%. Em seguida, aparecem Bahia (5,1%) e Minas Gerais (5,0%), respectivamente, ainda conforme o TSE. 

“O [voto] nulo está muito associado a erro na hora de votar, enquanto o branco vem sendo mais associado a um ‘voto de protesto’”, explica o cientista político, citado acima. 

Ele se refere, principalmente, ao pleito de 2018, quando Bolsonaro foi eleito em um confronto contra Fernando Haddad, do PT. “Foi muito visto como o voto nem Haddad, nem Bolsonaro”, explica.

Já a anulação do voto está relacionada ao nível de escolaridade. Almeida explica que o eleitor com grau de instrução muito baixo acaba se atrapalhando na hora de votar, principalmente no primeiro turno, quando mais cargos são eleitos.

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Por isso, ele avalia que o percentual de brancos e nulos no segundo turno deste ano tende a ser menor. “É mais fácil votar no segundo turno, tem menos votos, e não houve esse voto de protesto neste ano”, lembra, referindo-se aos estados em que também haverá disputa para governador em segundo turno. 

Resumindo: votação mais rápida, mais simples é igual a menos votos nulos e em branco. “É isso que se pode esperar para o segundo turno”, prevê.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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