Congresso

Bolsonaro volta a contemplar centrão e nomeia chefe de gabinete do presidente do PP

01 jun 2020, 10:14 - atualizado em 01 jun 2020, 10:14
O senador Ciro Nogueira é um dos denunciados na operação Lava Jato, acusado de ter pedido recursos à Odebrecht para suas campanhas eleitorais e do PP em 2010 e 2014 (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

O governo do presidente Jair Bolsonaro cedeu mais uma vez e entregou para o centrão a presidência do Fundo Nacional da Educação (FNDE), com a nomeação do chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PI) presidente do PP, para o cargo.

A nomeação de Marcelo Lopes da Ponte saiu nesta segunda-feira no Diário Oficial. O FNDE, um dos cargos mais cobiçados pelo centrão, tem um orçamento este ano de 54 bilhões de reais e é responsável por programas que cuidam de livros didáticos, merenda escolar, e também por construções de creches e compra de equipamentos para escolas.

Nogueira, hoje um dos principais expoentes do centrão, tem coordenado com o Palácio do Planalto as indicações do bloco para cargos no governo federal.

O senador é um dos denunciados na operação Lava Jato, acusado de ter pedido recursos à Odebrecht para suas campanhas eleitorais e do PP em 2010 e 2014, em valores que chegariam a 7 milhões de reais.

Dentro da Lava Jato, o PP foi um dos principais partidos envolvidos em desvio de recursos da Petrobras (PETR3; PETR4), ao ponto de parte da investigação ter ganho o apelido de “quadrilhão do PP”, dada a quantidade de parlamentares da legenda denunciados.

Lopes é o sétimo nome indicado pelo centrão a obter um cargo no governo.

Até agora, além do PSD, Avante, PSC, Republicanos e PL, já foram beneficiados diretamente com cargos em postos de segundo e terceiro escalão, mas que controlam orçamentos expressivos, como a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), o Departamento de Obras Contra a Seca (DNOCS) e o próprio FNDE.

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