Invasão da Ucrânia

Bomba de fósforo branco: Entenda o que é a arma que Rússia teria usado contra a Ucrânia

13 abr 2022, 13:51 - atualizado em 13 abr 2022, 13:51
Bomba de fósforo branco
Bomba de fósforo branco (Wikimedia Commons)

Na manhã desta quarta-feira (13), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que a Rússia estaria usando bombas de fósforo branco na Ucrânia, bem como táticas terroristas.

Bombas do tipo são proibidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1997, quando foi realizada a Convenção de Armas Químicas.

Esta não foi a primeira vez em que Zelenskiy denunciou que os russos estariam usando a bomba em território ucraniano. Em março, ele afirmou que “esta manhã, a propósito, bombas de fósforo foram usadas. Bombas de fósforo russas. Adultos foram mortos novamente e crianças foram mortas novamente”.

O armamento nuclear da Rússia é o maior de todo o mundo, segundo a ICAN (Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares). Já a Ucrânia não possui nenhuma arma nuclear

O maior país europeu possui aproximadamente 6,2 mil armas nucleares, que podem ser lançadas de mísseis, submarinos e aeronaves. Em 2020, a Rússia gastou cerca de US$ 8 bilhões para construir e manter suas forças nucleares.

O uso das bombas ainda não foi confirmado e Moscou nega ter utilizado a arma química na Ucrânia.

Segundo o Human Rights Watch, as bombas de fósforo branco já foram utilizadas no Afeganistão, Gaza, Síria e outros lugares acometidos por conflitos e guerras.

O que é a bomba de fósforo branco?

Uma bomba de fósforo branco é uma arma química incendiária — o que, segundo pesquisas, significa que, além de seu poder destrutivo e explosivo, ela também pode espalhar fogo.

Segundo um estudo revisado por pares e publicado no site médico WebMD, o fogo causado por essas bombas é composto de fósforo e pode chegar a uma temperatura de cerca de 815,55 graus Celsius.

“Bombas de fósforo branco podem espalhar esse fogo por uma área de várias centenas de metros quadrados. E o fósforo continua a queimar até acabar. Tudo o que requer é a presença de oxigênio, que está no ar”, diz a pesquisa.

O que ela causa em seres humanos?

O mesmo estudo publicado no WebMD diz que as bombas de fósforo “podem ter um efeito mais grave na saúde dos seres humanos do que bombas de poderes similares”, causando queimaduras de segundo a terceiro grau.

Por conta das propriedades do elemento químico de se dissolver facilmente em gordura, ele é absorvido pela pele, alcançando outras partes do corpo humano. O estudo ainda aponta que queimaduras causadas por fósforo branco em menos de 10% do seu corpo podem levar à morte devido a danos nos rins, fígado e coração.

Além disso, as bombas de fósforo podem causar efeitos mais graves e levar à morte caso alguém respire o ar contaminado por ela ou engula o agente químico.

“Você pode notar um pouco de inchaço e irritação no início que piora. Eventualmente, isso pode levar a feridas abertas e à destruição do maxilar, bem como danos aos seios nasais e passagens nasais”, explica a pesquisa.

O Human Rights Watch diz que as armas incendiárias “infligem queimaduras excruciantes, às vezes no osso, e podem causar danos respiratórios, infecção, choque e falência de órgãos. Com o tempo, as contraturas – o aperto permanente dos músculos e outros tecidos – impedem a mobilidade, enquanto o trauma do ataque inicial, os tratamentos dolorosos e as cicatrizes que mudam a aparência levam a danos psicológicos e exclusão social”.

“Os incêndios causados ​​por armas incendiárias também podem destruir estruturas e propriedades civis, danificar plantações e matar gado. Além disso, os recursos inadequados disponíveis para os prestadores de serviços médicos em ambientes de conflito armado exacerbam o já desafiador processo de tratamento de queimaduras graves”, afirma a organização.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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