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Bradesco (BBAS3) não espera medidas artificiais de Lula para baixar juros, diz vice-presidente

19 ago 2022, 16:30 - atualizado em 19 ago 2022, 16:43
Bradesco
O papel dos bancos públicos está muito claro no país e acho que está muito claro também que não adianta qualquer movimento artificial para derrubar custos financeiros (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O vice-presidente financeiro do Bradesco (BBAS3), André Cano, afirmou nesta sexta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas na corrida pelo Planalto, é pragmático e que não espera que em um eventual novo governo petista “medidas artificiais” sejam tomadas para baixar os juros cobrados pelos bancos no país.

“Se a gente olhar no próprio governo Lula, isso não aconteceu. Aconteceu talvez mais no segundo governo da Dilma“, disse Cano a jornalistas em São Paulo, onde participou de um seminário organizado pelo think tank empresarial Esfera. “Lula foi durante o governo uma pessoa muito pragmática. Caso ele venha a ser eleito, não deve ter mudança em relação ao que fez no passado”, disse.

O executivo disse não ter preocupação quanto ao desejo de Lula de retomar o protagonismo dos bancos públicos o petista prometeu “enquadrar” o Banco do Brasil (BBAS3) em discurso nesta semana.

“A gente não tem preocupação quanto a isso. Tem muita retórica sempre. O papel dos bancos públicos está muito claro no país e acho que está muito claro também que não adianta qualquer movimento artificial para derrubar custos financeiros. A gente precisa de uma reforma muito mais ampla, inclusive tributária, para trazer esses custos para baixo”, afirmou.

Para Cano, seja qual for o desfecho da eleição, com Lula ou Bolsonaro, não haverá surpresas na economia porque os dois já governaram e têm linhas de atuação conhecidas. “Independentemente de quem for eleito, o país tem uma rota muito certa de avanço pela frente.”

Cano defendeu o apoio da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ao manifesto pró-democracia e urnas eletrônicas.

Descartou um risco de ruptura democrática ou tumulto político no pós-eleição nos moldes dos Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump contestou os resultados eleitorais e houve o ataque ao Capitólio, em Washington, por partidiários do republicano. “Qualquer tentativa que venha eventualmente a acontecer (promovida) por um desavisado não vai ter qualquer eco”, disse Cano.

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