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Bradesco (BBDC4): O que as eleições têm a ver com a ação (e por que não comprar agora)

08 out 2022, 15:50 - atualizado em 08 out 2022, 15:50
Bradesco
De acordo com o JPMorgan, o recente rali pós-primeiro turno reduziu o potencial de valorização das ações do banco brasileiro (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O JPMorgan rebaixou o Bradesco (BBDC4) para “neutro”, enquanto o preço-alvo de R$ 22 ao fim de 2023 foi mantido. O principal motivo para a mudança de recomendação é o primeiro turno das eleições.

De acordo com o JPMorgan, o recente rali pós-primeiro turno reduziu o potencial de valorização das ações do banco brasileiro.

Considerando o alvo estipulado pelos analistas da instituição e a cotação do último fechamento, o papel do Bradesco pode subir apenas 7,4%.

“Agora, vemos melhor risco-retorno em Banorte, Itaú (ITUB4)/Itaúsa (ITSA4) ou até mesmo Credicorp”, afirma o JPMorgan, em relatório publicado nesta sexta-feira (7).

A equipe de análise ainda vê um momentum mais benéfico para Itaú, considerando que o Bradesco possui maior exposição a classes com menor renda, que “carregam maior risco de qualidade de ativos”.

O Bradesco está mais exposto a pequenas e médias empresas do que o Itaú. Para o JPMorgan, essas companhias menores são mais sensíveis a ciclos de qualidade de ativos.

A expectativa do JPMorgan é de que as taxas de inadimplência do Bradesco continuem se deteriorando em ritmo mais acelerado em relação aos pares. Além disso, a instituição reforça que a taxa de cobertura do banco caiu para 218%, ante 261% em 2021, o que significa que maiores provisões estão a caminho.

“Já estamos acima do topo do guidance do Bradesco para provisões (R$ 22,6 bilhões vs. R$ 21 bilhões do guidance)”, afirma.

O JPMorgan completa ao dizer que as operações de seguros, relevantes para o Bradesco (historicamente, representam cerca de 30% dos ganhos do grupo), devem ser negativamente impactadas pela deflação no terceiro trimestre de 2022.

Pelos cálculos do JPMorgan, o Bradesco é negociado a 7,3 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023, contra 8,2 vezes do Itaú (um prêmio de 13%, em linha com a média histórica). Porém, considerando as recentes tendências do Banco Central, analistas enxergam mais potencial de upside para as estimativas de LPA (lucro por ação) do Itaú que o Bradesco.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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