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Bradesco (BBDC4) ‘tomará na cabeça’ com cifra do 1T23 ou pior ficou para trás? Veja o que esperar

03 maio 2023, 20:46 - atualizado em 03 maio 2023, 20:46
Bradesco
(Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

O Bradesco (BBDC4) reporta seu resultado do primeiro trimestre de 2023, previsto para amanhã, com a ‘sombra’ de ter entregado duas cifras consideradas, no mínimo, ruins para o banco. Nos últimos seis meses, o papel acumula queda de 30%, tendo tocado em sua mínima em cinco anos.

Para os número de amanhã, os analistas esperam resultados com reflexos da disparada da inadimplência, que machucaram as cifra e devem se fazer sentir até, pelo menos, o segundo trimestre.

O lucro projetado pelo mercado para o banco é de R$ 3,748 bilhões, uma diminuição de 45,05% ante o mesmo período do ano passado, “o que significa uma forte queda”, diz Milton Rabelo, analista da VG Research.

“Conforme mencionado, espera-se que os resultados do Bradesco venham fracos em alguns dias, mas ainda assim, melhores do que os reportados no 4T22, quando o banco de Osasco provisionou 100% dos seus empréstimos à varejista Americanas (AMER3)”, acrescenta.

Para o BTG, o Bradesco deve registrar lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, em uma baixa anual de 39%, e ROE de 11%.

“O crescimento do crédito pode ficar aquém das expectativas, enquanto a qualidade dos ativos deve continuar se deteriorando (provavelmente até o final do 1S23), com NPLs subindo em PMEs e clientes individuais“, disse o banco.

Já a XP espera crescimento de 9% no ano e alta de 1,9% no trimestre na carteira de empréstimos neste trimestre, apesar do aumento mais lento nas concessões corporativas.

“Esperamos outro ligeiro aumento na sua taxa de inadimplência no primeiro trimestre de 2023 (alta de 20 bps para 4,5%), mas desacelerando em comparação com os 40bps apresentados no trimestre anterior. Isso deve levar o banco a reportar um índice de cobertura próximo a 188%”, diz.

Por fim, a corretora vê lucro líquido de R$ 3,6 bilhões para o Bradesco, queda de 46%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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