Bradesco BBI eleva preço-alvo para Hypera (HYPE3) e prevê mais de 20% de valorização nos próximos meses
Após um balanço que agradou o mercado, o Bradesco BBI revisou as estimativas para Hypera (HYPE3) e elevou o preço-alvo das ações.
O banco agora estima HYPE3 a R$ 30 por ação — o que representa um potencial de valorização de 20,7% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (7). O preço-alvo anterior era de R$ 28.
E, mesmo após a forte valorização recente, os analistas do banco seguiram com visão construtiva para a companhia. Sendo assim, a recomendação de compra foi mantida.
“A combinação de crescimento, eficiência e opcionalidades reforça a tese de investimento”, afirmaram Marcio Osako e Larissa Monte, em relatório divulgado nesta segunda-feira (10).
Nesta segunda-feira (10), HYPE3 opera em alta. Por volta de 13h, a ação subia 1,21%, a R$ 25,15. No acumulado do ano, a valorização é de mais de 39%.
No final de outubro, a farmacêutica reportou lucro líquido de operações continuadas de R$ 453,9 milhões no terceiro trimestre, ficando 10% acima da estimativa média de analistas, segundo dados da LSEG. O número também foi 22,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Já o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado ficou em R$ 756,2 milhões no período, alta de 34,7% na base anual e levemente acima da estimativa média do mercado de R$ 755,8 milhões.
Por que comprar HYPE3?
Os analistas Marcio Osako e Larissa Monte afirmam que o valuation da Hypera segue atrativo, com desconto em relação à média histórica.
Nas contas da dupla, a companhia está sendo negociada a um múltiplo de 8,8 vezes o preço sobre lucro (P/L) projetado para 2026 frente a média histórica de 11,5 vezes.
Além disso, os analistas consideram que há riscos positivos relevantes como o potencial lançamento de genéricos de semaglutida (GLP-1) — o princípio ativo das ‘canetas emagrecedoras’ — e a não tributação dos incentivos fiscais de ICMS, que podem adicionar até 16% ao lucro projetado para 2027.
O que esperar daqui para frente
A dupla do Bradesco BBI mantiveram as projeções para a companhia em 2026. O lucro líquido é estimado em R$ 1,8 bilhão e a geração de caixa deve somar R$ 1,0 bilhão no próximo ano.
“As projeções de lucro e geração de caixa para 2026 seguem, mas com melhor qualidade, dado o menor peso dos benefícios fiscais de ICMS (9% da receita bruta, ante aproximadamente 11% entre 2022 e 2023)”, afirmaram os analistas.
A expectativa também é de queda de 45% nos investimentos em ativos imobilizados em 2027, com a conclusão de investimentos em matérias-primas (Buscopan), nova planta institucional em Jundiaí e ampliação da unidade de Itapecerica da Serra.
Essa redução é estimada em R$ 250 milhões e representa 25% da geração de caixa projetada para 2026.