Economia

Brasil abre 184.140 vagas formais de trabalho em março, mostra Caged

28 abr 2021, 11:01 - atualizado em 28 abr 2021, 13:19
Carteira de Trabalho
Em fevereiro, o país abriu 395.166 vagas (Imagem: Gilson Abreu/AEN)

O Brasil abriu 184.140 vagas formais de trabalho em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia.

O resultado superou o registrado em março de 2020, quando haviam sido fechados 276.350 postos de trabalho, segundo dado ajustado.

O emprego formal foi protegido durante a crise da pandemia no ano passado por programa do governo que ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofressem redução de jornada e salários.

O governo editou medida provisória prevendo a renovação do programa, denominado BEm, com custo estimado de 9,98 bilhões de reais, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República na terça-feira.

Em fevereiro, o país abriu 395.166 vagas, segundo dado revisado, de 401.639 vagas informadas originalmente.

O setor de serviços, um dos mais abalados pela pandemia, liderou a criação de empregos no mês passado, com 95.553 postos, o que foi comemorado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A indústria respondeu pela criação de 42.150 vagas, seguida pela construção (25.020) e o comércio (17.986). Todos os Estados tiveram criação líquida de empregos.

“O setor de serviços foi o grande destaque”, disse Guedes. “O último setor da economia que estava no chão se levantou, e a economia brasileira segue criando novos empregos”, acrescentou, ressaltando que o estoque geral de empregos formais está acima do verificado no pré-pandemia.

O emprego formal foi protegido durante a crise da pandemia no ano passado por programa do governo que ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofressem redução de jornada e salários.

Mulheres, Trabalho, Emprego
O emprego formal foi protegido durante a crise da pandemia no ano passado por programa do governo (Imagem: Unsplash/@wocintechchat)

O governo anunciou na terça-feira a reedição do programa, denominado BEm, por um período de quatro meses e ao custo estimado de 9,98 bilhões de reais, que serão viabilizados por meio de crédito extraordinário, fora da meta fiscal e da regra do teto de gastos. O valor será suficiente para preservar 4,8 milhões de empregos, segundo o Ministério da Economia.

O secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, disse em entrevista coletiva que a MP prevê a possibilidade de prorrogação do BEm para além de quatro meses, mas que isso só poderá ser feito se houver disponibilidade de recursos orçamentários.

“A disponibilidade que existe no momento são os 9,8 bilhões (de reais), mas nós entendemos que isso será mais do que suficiente para enfrentar os desafios da Covid daqui para frente”, afirmou, ressaltando que a expectativa é de aceleração da vacinação.

Em março, 586.205 brasileiros requereram o seguro-desemprego, o maior número desde junho do ano passado (653.175).

“Não há dúvida que o novo BEm reduz, sim, a utilização do seguro-desemprego”, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, acrescentando que isso representará uma economia para o governo.

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