Internacional

Brasil é o único taxado que possui déficit com os EUA; Tarifa de 50% é a maior do mundo

10 jul 2025, 15:35 - atualizado em 10 jul 2025, 15:35
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(Foto: iStock - Oleksii Liskonih)

A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, é a maior dentre todos os 22 países notificados pelos Estados Unidos nesta nova rodada. 

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Com a nova medida, os produtos brasileiros passam a ser taxados em 50% a partir de 1º de agosto, caso não haja acordo ou recuo, superando os 30% aplicados à China e as tarifas impostas a outros países como África do Sul, Argélia e Iraque.

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Além disso, enquanto a maioria dos países taxados possuem superávits na balança comercial com os EUA, o Brasil é o único do mundo que recebeu uma tarifa mantendo déficit (isto é, importa mais do que exporta) — que já dura, pelo menos, mais de 15 anos.

A decisão foi justificada por Trump como resposta a uma suposta “relação comercial injusta” e também como retaliação ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual chamou de “vergonha internacional”.

Segundo estatísticas do governo dos EUA, em 2024, o Brasil importou cerca de US$ 44 bilhões em produtos americanos e exportou US$ 42 bilhões, registrando um déficit de aproximadamente US$ 2 bilhões no ano.

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Entre os principais produtos brasileiros exportados aos EUA estão carne bovina, café, chocolate, petróleo e derivados, além de aço e aeronaves.

O governo brasileiro criticou a medida e indicou que poderá acionar a chamada “lei da reciprocidade” para responder às tarifas. 

O presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano e não aceitará ser tutelado, enquanto autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) reforçaram que a decisão americana não terá influência sobre processos judiciais em andamento no país.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.