“Brasil é um país de ações individuais, não de índice”, diz investidor estrangeiro
Os investidores estrangeiros não estão esperando muita coisa do Brasil no momento. Em uma série de reuniões realizada pela XP Investimentos, o negativismo em relação à política, à crise do coronavírus e ao câmbio prevaleceu.
Em vez de acender um alerta, a corretora viu isso como “potencialmente positivo” para as ações brasileiras.
“Quaisquer melhoras nos fundamentos domésticos ou globais podem levar a uma forte recuperação nos preços de ativos, como vimos nos últimos dias”, disse Fernando Pereira, estrategista-chefe e head do time de pesquisa da XP.
País de ações individuais
Um investidor estrangeiro destacou que o Brasil é um “país de ações individuais, não de índice”. A fala é sustentada pela baixa participação brasileira no índice de Mercados Emergentes (MSCI EM), atualmente de 4,7%.
Para o investidor, existem diversas empresas brasileiras excelentes, bem geridas e com ótimos fundamentos, como o Magazine Luiza (MGLU3), a Localiza (RENT3), a Raia Drogasil (RADL3) e a Hapvida (HAPV3).
“Esse fenômeno de investidores estrangeiros podendo prestar menos atenção ao país e mais em ações específicas pode ajudar a explicar por que muitas ações negociam com múltiplos de avaliação bastante elevados, enquanto outros setores negociam com um grande desconto em relação aos seus pares globais e ao histórico (como commodities e setor financeiro)”, afirmou Pereira.