Política

‘Brasil é um país destinado a crescer’, diz Temer

30 nov 2023, 20:51 - atualizado em 30 nov 2023, 20:51
Segundo o ex-presidente, o país tem um futuro positivo e ‘deve crescer cada vez mais’. Na foto, Thiago Salomão, Rafael Favetti, Felipe Miranda e Michel Temer (reprodução/Market Makers)

O Brasil está destinado a crescer cada vez mais, com reformas consolidadas e um arrefecimento da radicalização política, segundo o ex-presidente Michel Temer.

A colocação foi feita em entrevista realizada nesta quinta (30), em São Paulo, nos estúdios do grupo Empiricus.

Temer conversou com o CIO e fundador da Empiricus, Felipe Miranda; Rafael Favetti, fundador da Fatto Inteligência Política; e com Thiago Salomão (CEO e fundador do Market Makers).

“Economia é quase tudo no país”, afirma o constitucionalista, explicando sobre quando recrutou Henrique Meirelles para a Fazenda, bem como Ilan Goldfajn para o Banco Central. Sob o governo Temer, o Brasil saiu de um PIB negativo de para 5,4%, para um PIB positivo de 1,8%.

O resultado veio na esteira de várias reformas no país, como a trabalhista e a Previdência, entre outros ajustes fiscais. Não à toa, Temer se tornou um dos ex-presidentes mais prestigiados pelo mercado. “Acho que serei visto como alguém que teve a coragem de reformatar o país”, afirmou, indagado sobre como pensa que será visto daqui 100 anos.

Sobre as medidas do governo Lula para a economia, como o novo teto fiscal, Temer diz que não houve efetivamente uma grande mudança: “Não conseguiram eliminar o teto -readaptaram ele. É aquela velha história: não se pode prestigiar o passado, então agora se chama ‘arcabouço fiscal”, afirma.

Ele enxerga o futuro do país positivamente, com um Executivo governando junto ao Legislativo, que diz ter aprendido a ganhar seu espaço na governabilidade nos últimos anos. “O plano econômico está começando a caminhar. O Congresso está dando apoio a certos temas econômicos”, diz.

O ex-presidente também aponta para o que chama de um fim da ‘radicalização’ política. “Chamam de polarização, mas eu diria que é radicalização. É a ideia de uns contra os outros, inclusive entre poderes (…) agora isso começa a melhorar”, afirma.

Sobre a sua alta desaprovação popular, medida à época de seu governo, o ex-presidente conta que costumava ouvir a frase: “Temer, aproveite sua impopularidade para fazer o que é preciso”. Com isso, afirma ter tido coragem para dar grandes passos rumo às reformas realizadas durante seu governo: “Deu-se um grande passo”, afirma.

Assista abaixo a entrevista exclusiva:

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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