Economia

‘Brasil é visto como alto risco’: Executivos destacam desafios para atrair capital estrangeiro

08 out 2025, 16:00 - atualizado em 08 out 2025, 16:00
Da esquerda para a direita: Vinicius Rodrigues, BTG Pactual US Capital LLC; David Rincón, Creand Wealth & Securities; Ricardo Eleutério, Bradesco Asset; Zeca Doherty, Anbima (Imagem: divulgação)
Da esquerda para a direita: Vinicius Rodrigues, BTG Pactual; David Rincón, Creand Wealth & Securities; Ricardo Eleutério, Bradesco Asset; Zeca Doherty, Anbima (Imagem: divulgação)

Apesar do potencial em setores como agronegócio, o Brasil ainda é pouco compreendido por investidores internacionais, disse executivos durante o Anbima Global Insights, evento realizado nesta quarta-feira (8) em São Paulo.

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David Rincón, responsável pelo desenvolvimento de negócios na América do Sul da Creand Wealth & Securities, afirmou que os estrangeiros têm “sentimentos mistos” em relação ao mercado de capitais brasileiro.

“Eles reconhecem o potencial do país, mas ainda veem a instabilidade política como um fator de incerteza. O Brasil é muito forte em várias frentes, como o agro, mas ainda há uma lacuna de conhecimento. Se o brasileiro não for lá fora contar essa história, continuará desconhecido”, ressaltou, dizendo que um dos desafios é de comunicação.

“No fim das contas, tudo se resume a contação de histórias. Os brasileiros precisam mostrar suas forças”, completou.

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Brasil: um país de alto risco

Já Vinicius Rodrigues, diretor-executivo da BTG Pactual US Capital LLC, ressaltou que o Brasil ainda é visto no exterior como um país de alto risco, o que exige esforço constante para melhorar essa percepção.

“O ponto mais importante na minha função nos Estados Unidos é explicar o Brasil para os agentes regulatórios. Temos buscado mostrar que o país evoluiu e possui um mercado em desenvolvimento o suficiente para receber investimentos estrangeiros e, ao mesmo tempo, permitir que brasileiros invistam lá fora.”

Assim como Rincón, o executivo acrescentou que outro grande obstáculo é a falta de conhecimento sobre o mercado nacional e seus produtos.

“Nosso trabalho tem sido justamente reduzir essa distância, explicando o país e suas oportunidades”, afirmou.

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Brasil: o país da renda fixa

Ricardo Eleutério, COO da Bradesco Asset, também participou do painel e destacou que não é uma tarefa fácil “vender” o Brasil, já que fatores como a alta volatilidade ainda pesam sobre a percepção dos investidores estrangeiros.

Ele lembrou que o ambiente de juros elevados, como o atual, ainda reforça um comportamento já conhecido e limita o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro: o de que o somos o país da renda fixa.

“Voltamos a ser o velho Brasil, muito concentrado em renda fixa. A demanda hoje é por juros, e isso explica o cenário atual”, ressaltou.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
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