Brasil espera que acordo Mercosul-UE seja assinado o mais rápido possível, diz Alckmin
O vice-presidente Geraldo Alckmin disse nesta sexta-feira que o governo espera que o acordo Mercosul-União Europeia seja assinado o mais rápido possível.
“Esperamos que seja um adiamento curto…É importante para a União Europeia, para o Mercosul e para o mundo. Porque é uma sinalização de que é possível avançar com o livre mercado e com o multilateralismo”, disse em entrevista à imprensa.
O pacto comercial, que vem sendo construído há cerca de 25 anos, é alvo de fortes protestos na Europa, principalmente, por parte de agricultores. Mais cedo nesta sexta, a assinatura, anteriormente prevista para sábado, em cúpula do Mercosul, foi adiada em cerca de até um mês a pedido da Itália.
O chanceler alemão Friedrich Merz e a líder do executivo da UE, Ursula von der Leyen, expressaram confiança de que a UE seria capaz de assinar o acordo de livre comércio em janeiro, apesar do apoio insuficiente em uma cúpula do bloco.
Alckmin, que é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse também estar otimista com a possibilidade de que até julho o Brasil avance no entendimento para aumentar linhas tarifárias de preferência com o México e garantiu que os acordos entre os dois países não serão afetados fortemente por uma nova medida do México que aumenta tarifas para alguns parceiros comerciais.
“Se imaginava anteriormente que teria um impacto de US$1,6 bilhão em exportações, na realidade está em torno de US$600 milhões com essa nova lei mexicana”, afirmou.
Segundo Alckmin, o governo também quer ampliar linhas tarifárias de preferência com a Índia, enquanto discute acordos de livre comércio com o Canadá e os Emirados Árabes Unidos.