Economia

Brasil tem o menor nível de desempregados desde julho de 2015; são 9 milhões buscando trabalho

30 nov 2022, 9:22 - atualizado em 30 nov 2022, 9:22
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O  mercado de trabalho manteve a queda do desemprego observada desde o período de maio a junho de 2021. (Imagem: Reprodução/Governo do Estado do Paraná)

A taxa de desemprego no país ficou em 8,3% no trimestre encerrado em outubro de 2022. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em julho, de 9,1%) e também abaixo do resultado do mesmo período de 2021 (12,1%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da projeção do mercado, que apontava para uma taxa de 8,8% no trimestre encerrado em outubro.

Desta maneira, o mercado de trabalho manteve a queda do desemprego observada desde o período de maio a junho de 2021.

No trimestre até outubro, o país tinha 9 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. Trata-se do menor nível desde o trimestre móvel terminado em julho de 2015.

O número aponta retração de 8,7% frente ao trimestre anterior (menos 860 mil pessoas) e queda de 30,1% frente a igual período do ano anterior (menos 3,9 milhões de pessoas).

Trabalhadores

Entre agosto e outubro, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 99,7 milhões de pessoas, o maior já registrado na série da pesquisa, iniciada em 2012. Isso representa um avanço de 1% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em julho (mais 1 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre do ano anterior, subiu 6,1% (5,7 milhões de pessoas).

Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,7 milhões no trimestre até outubro de 2022, estabilidade frente ao trimestre de maio a agosto de 2022 e expansão de 1,7% (1,8 milhão de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2021.

A taxa de informalidade foi 39,1% da população ocupada, contra 39,8% no trimestre móvel terminado em julho e 40,7% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões.

A renda média dos trabalhadores ficou em R$ 2.754 no período, uma alta de 2,9% frente ao trimestre anterior e de 4,7% frente a um ano antes.

Mão de obra desperdiçada

O país tinha 22,7 milhões de trabalhadores subutilizados no trimestre encerrado em outubro de 2022, segundo a Pnad Contínua. Os dados mostram que houve queda de 6,7% (menos 1,6 milhão de subutilizados) frente ao trimestre móvel anterior e retração de 24,2% (menos 7,2 milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de 2021.

O contingente de trabalhadores subutilizados, também chamada de “mão de obra desperdiçada”, compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar. O indicador é um bom termômetro do mercado de trabalho, por englobar a subocupação e a desistência da procura por trabalho.

O contingente correspondia a 19,5% da força de trabalho ampliada do país (que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial), a chamada taxa de subutilização, no trimestre encerrado em outubro. É a menor taxa desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2016 caindo 1,4 p.p. no trimestre e 6,2 p.p. no ano.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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