A taxa de desemprego é um dos principais indicadores econômicos usados para medir a saúde do mercado de trabalho em um país. Ela representa a proporção de pessoas economicamente ativas que estão sem emprego, mas que estão buscando trabalho ativamente. 

Esse índice é calculado dividindo o número de desempregados pelo total da força de trabalho, que inclui tanto as pessoas empregadas quanto aquelas que estão desempregadas e procurando emprego.

No Brasil, a taxa de desemprego é monitorada principalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). 

Por que o Banco Central coleta dados de Desemprego?

O Banco Central coleta dados de desemprego porque a taxa de desocupação tem um impacto direto sobre a política monetária e a estabilidade econômica do país. O nível de desemprego influencia a inflação, que é uma das principais preocupações do Bacen. 

Em geral, há uma relação inversa entre desemprego e inflação: quando o desemprego está baixo, a demanda por bens e serviços tende a aumentar, o que pode pressionar os preços para cima. Por outro lado, quando o desemprego está alto, a demanda tende a cair, o que pode reduzir a pressão inflacionária.

Com base nos dados, o Banco Central pode ajustar a taxa de juros, que é sua principal ferramenta para controlar a inflação. Se a taxa de desemprego está baixa, o BC pode aumentar os juros para desacelerar a economia e conter a inflação. Se a taxa está alta, os juros são reduzidos para estimular a economia – incentivando o consumo e o investimento.

Além disso, a análise dos dados de desemprego ajuda o Bacen a avaliar a eficácia de suas políticas econômicas e a prever tendências futuras no mercado de trabalho. Essa informação é crucial para tomar decisões informadas sobre ajustes na política monetária e para garantir a estabilidade econômica de longo prazo.

Quais órgãos que pesquisam o Desemprego?

No Brasil, diversos órgãos e instituições realizam pesquisas e coletam dados sobre o desemprego, cada um com metodologias e focos específicos:

  1. IBGE: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é o principal responsável pela coleta de dados sobre o desemprego no Brasil, por meio da PNAD Contínua. A pesquisa é realizada mensalmente e fornece informações detalhadas sobre a taxa de desocupação, nível de ocupação, rendimento médio e outras características do mercado de trabalho. 
  2. Ministério do Trabalho e Emprego: o MTE, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), coleta informações sobre admissões e demissões de trabalhadores formais. O CAGED é utilizado para monitorar a criação de empregos com carteira assinada e fornece dados que complementam as informações obtidas pela PNAD Contínua, oferecendo uma visão mais específica do mercado de trabalho formal.
  3. Banco Central: embora não seja um órgão que realiza pesquisas diretamente sobre o desemprego, o Bacen coleta e analisa esses dados como parte de sua missão de manter a estabilidade econômica. O órgão utiliza as informações para avaliar a pressão inflacionária e ajustar a política monetária conforme necessário.
  4. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas: a Fipe realiza estudos e pesquisas sobre o mercado de trabalho, incluindo análises de desemprego, salários e condições de trabalho, oferecendo análises mais detalhadas e específicas sobre determinadas regiões ou setores econômicos.

Esses órgãos são fundamentais para a coleta e análise de dados sobre o desemprego no Brasil, uma vez que formulam políticas públicas, decisões econômicas e análises acadêmicas. A combinação dessas fontes oferece um panorama abrangente da situação do mercado de trabalho no país, permitindo uma compreensão mais completa do setor.

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