Economia

Brasil tem posição privilegiada entre emergentes para atrair investimentos, diz Moody’s

10 jun 2025, 16:23 - atualizado em 10 jun 2025, 16:23
Moody's
Brasil tem posição privilegiada entre emergentes para atrair investimentos (Imagem: REUTERS/Mike Segar)

A vice-presidente e analista sênior da Moody’s e responsável pela classificação de risco soberano do Brasil, Samar Maziad, afirmou nesta terça-feira (10), durante evento em São Paulo, que o perfil de crédito do país é sustentado por quatro pilares:

  • Força econômica;
  • Força das instituições e da governança;
  • Força fiscal;
  • Suscetibilidade a riscos de eventos.

Segundo Maziad, o Brasil mantém uma vulnerabilidade externa limitada, o que o coloca em posição favorável no cenário internacional.

“O país está relativamente bem posicionado entre os mercados emergentes para resistir a choques externos e atrair investimentos em setores estratégicos”, afirmou.

Para a Moody’s, essa combinação de fatores — somada à resiliência institucional e ao potencial de crescimento — reforça a atratividade do Brasil como destino de capital.

Nota de crédito do Brasil

Samar Maziad também afirmou que considera que a agência não estava errada quando elevou, em outubro do ano passado, a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 — um nível abaixo do grau de investimento —, com perspectiva positiva.

“Vimos tentativa de ajuste fiscal em novembro com pacote de contenção de despesas anunciado pelo Governo, que não conseguiu ancorar as expectativas”, disse.

Segundo ela, o país depende de reformas estruturais para impulsionar a credibilidade fiscal. Esse, inclusive, foi um dos fatores que levaram a agência a rebaixar, no fim de maio, a perspectiva da nota do Brasil de positiva para estável.

“A perspectiva mudou porque o ajuste fiscal levará mais tempo. O país deve continuar perseguindo as metas fiscais, mas o ganho de credibilidade será mais demorado”, explicou.

Ela destacou que essa confiança adicional depende da aprovação de novas reformas, principalmente na área de gastos públicos. Além disso, acrescentou que os juros mais altos também alteraram a dinâmica.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
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