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Brasileiro gasta R$ 40,64 para almoçar fora; média mais cara chega a R$ 51,91 em São Luís

06 jul 2022, 15:38 - atualizado em 06 jul 2022, 15:38
setor de serviços restaurantes alimentação
Média mais cara do preço do almoço chega a R$ 51,91 em São Luís (Imagem: Ag. Brasil/ Marcelo Camargo)

Os trabalhadores brasileiros gastam, em média, R$ 40,64 para almoçar fora de casa, aponta a pesquisa “Preço Médio da Refeição Fora do Lar” da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

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O valor desembolsado, nacionalmente, ficou 17,4% maior do que o apurado em 2019, no período pré-pandemia.

O salário médio do trabalhador brasileiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de R$ 2.548,00. Levando em conta a média nacional do almoço, o desembolso mensal seria de R$ 894,08. “Sem o benefício-refeição, o trabalhador gastaria um terço do seu salário com o almoço fora de casa”, destaca a diretora-executiva da ABBT, Jessica Srour.

Srour ainda ressalta que, apesar do aumento, os restaurantes estão se adaptando à nova realidade de mercado trazida pela pandemia de covid-19 e evitando repassar o aumento dos custos aos trabalhadores. 

Prova disso é que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) apurado pelo IBGE, nos últimos 12 meses, mostra que a inflação dos preços da alimentação fora do lar, de 6,6%, foi menor do que a evolução dos preços da alimentação no domicílio, de 16,1%.

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No entanto, algumas cidades, como São Paulo, sofrem mais o impacto da inflação. De abril para maio, o custo da cesta básica na cidade, apurado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), superou o valor do salário-mínimo nacional, de R$ 1.212, e ficou em R$ 1.226,10. 

Preços por região

A inflação não foi homogênea nos municípios brasileiros. Por isso, a variação de preços da alimentação fora do lar reflete a realidade econômica de cada região. Custos como gás e da energia elétrica, sazonalidade dos produtos e valores do frete do transporte dos alimentos in natura, por exemplo, impactaram o preço final da refeição de maneira diferente em cada cidade pesquisada. 

A região com a refeição mais cara é a Sudeste, com preço médio de R$ 42,83. Já a mais barata é a Centro Oeste, a R$ 34,20, aponta o Mosaiclab, empresa de pesquisa que faz parte do grupo Gouvêa Ecosystem.

“Com a retomada das atividades presenciais, os preços devem se acomodar aos patamares pré-pandemia”, avalia Jessica. Veja as médias por região: 

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Região Preço-médio por refeição
Brasil R$ 40,64
Sudeste R$ 42,83
Nordeste R$ 40,28
Sul R$ 36,97
Norte R$ 36,14
Centro Oeste R$ 34,20

Veja o preço médio por capitais: 

Cidade Preço-médio por refeição
São Luís R$ 51,91
Rio de Janeiro R$ 47,09
Florianópolis R$ 46,75
Aracaju R$ 46,11
Natal R$ 44,78
São Paulo R$ 43,27
João Pessoa R$ 42,76
Salvador R$ 42,19
Recife R$ 42,04
Belém R$ 41,04
Vitória R$ 39,66
Campo Grande R$ 39,22
Curitiba R$ 38,38
Belo Horizonte R$ 36,83
Cuiabá R$ 36,61
Palmas R$ 36,61
Porto Alegre R$ 36,12
Teresina R$ 34,92
Maceió R$ 34,76
Brasília R$ 33,37
Manaus R$ 31,91
Fortaleza R$ 29,65
Goiânia R$ 27,94

As refeições

A pesquisa avaliou refeições em restaurantes, lanchonetes e padarias, que foram divididas em quatro categorias: comercial, autosserviço, executivo e a la carte. Para os restaurantes por quilo foi considerado o valor de 500g da refeição e 200g da sobremesa.

Em uma refeição completa comercial e autosserviço, o trabalhador brasileiro gasta R$ 30,59 e R$ 35,91, respectivamente. Se a opção for pelo prato a la carte, o valor é mais que o dobro, R$ 64,83. Na categoria executivo, o prato sai por R$ 50,23.

O cálculo prioriza o que o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) considera como refeição ideal: prato, bebida (refrigerante, água ou suco), sobremesa e café. 

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O estudo foi realizado em estabelecimentos que aceitam o benefício-refeição como forma de pagamento em 51 cidades brasileiras, mais o Distrito Federal, entre fevereiro e abril de 2022.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.