Braskem (BRKM5): Nelson Tanure dá mais um passo em busca do controle da petroquímica

O empresário Nelson Tanure deu mais um passo na busca pelo controle da Braskem (BRKM5), ao solicitar junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorização para uma potencial transação envolvendo as ações da NSP Investimentos — holding pela qual a Novonor controla indiretamente a petroquímica.
No fim de maio, a Novonor assinou acordo de exclusividade para negociar a proposta não vinculante apresentada pelo fundo Petroquímica Verde, controlado por Tanure, tendo como alvo a aquisição da NSP Investimentos. É justamente sobre essa transição que houve o pedido de autorização ao Cade.
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Segundo o fato relevante divulgado ao mercado nesta segunda-feira (7), apesar do movimento, ainda não houve a assinatura de qualquer tipo de vínculo definitivo envolvendo a transação, que está sujeira a certas condições para poder avançar.
Caso seja bem-sucedida, a proposta pode conceder ao empresário Nelson Tanure o controle indireto da Braskem. Atualmente, a Novonor (ex-Odebrecht) detém 50,1% das ações com direito a voto e o restante da participação é detida pela Petrobras (PETR4).
O que é preciso para o negócio envolvendo a Braskem andar?
Segundo o documento divulgado ao mercado, duas condições às quais a operação está sujeita se destacam.
A primeira delas se refere ao cumprimento das obrigações assumidas pela Novonor com a Petrobras no acordo de acionistas da Braskem.
Em relatório do final de maio, à época do anúncio do acordo de exclusividade, analistas do BTG Pactual apontaram o posicionamento da Petrobras com uma incógnita fundamental, tendo em vista que a petrolífera detém uma influência significativa como acionista relevante e principal fornecedora de matéria-prima da petroquímica.
“A aceitação (ou não) de Tanure como parte do acordo pode ser determinante para a viabilidade da transação”, disseram os analistas do banco no relatório publicado em maio.
Além disso, é necessária a conclusão, de maneira satisfatória, com os bancos credores — Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.