Destaques da Bolsa

Braskem (BRKM5) salta mais de 11% após reduzir prejuízo em 96% no 3T25

11 nov 2025, 12:06 - atualizado em 11 nov 2025, 12:06
braskem brkm5
(Imagem: Braskem)

A Braskem (BRKM5) é o grande destaque entre as ações negociadas no Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (11). Os papéis da petroquímica lideram os ganhos do principal índice da bolsa brasileira. 

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Por volta de 11h30 (horário de Brasília), BRKM5 subia 11,47%, a R$ 7,29, na máxima intradia.



Os investidores reagem positivamente ao balanço da companhia, além do acordo com Alagoas e rumores de venda da fatia da empresa detida pela Novonor. 

A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre (3T25), em comparação com prejuízo de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, segundo balanço divulgado na madrugada desta terça-feira (11). A redução foi de 96% na comparação anual. 

A petroquímica apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 818 milhões, em comparação com R$ 2,39 bilhões registrado entre julho e setembro do ano passado. 

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A Braskem também fechou acordo com o Estado de Alagoas relacionado ao evento geológico ocorrido na região, prevendo pagamento total de R$ 1,2 bilhão. 

Desse montante, a empresa informou que R$ 139 milhões já foram pagos e que já havia provisionado R$ 467 milhões em exercícios anteriores para indenização de danos patrimoniais à Alagoas. 

Além disso, o impasse sobre a fatia que a Novonor detém na Braskem pode estar se aproximando de uma resolução. Segundo informações da agência de notícias Bloomberg, a ex-Odebrecht está em negociações avançadas com a IG4 Capital para venda de sua participação na petroquímica.

O balanço do 3T25 na visão dos analistas

Para os analistas, a Braskem entregou um conjunto misto de resultados no 3T25. 

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Na avaliação do Safra, o prejuízo líquido de R$ 26 milhões ficou “aproximadamente no ponto de equilíbrio” na comparação com o esperado pelo banco, “refletindo a melhoria do desempenho operacional e um maior registro de créditos fiscais, parcialmente compensado por despesas financeiras mais elevadas”.

Os analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade destacaram um avanço na resolução de incertezas jurídicas com o acordo firmado com o Estado de Alagoas. 

“Embora o acordo não alivie a pressão de longo prazo sobre o fluxo de caixa da Braskem, ele reduz as incertezas jurídicas, melhora a visibilidade para os investidores e remove uma fonte de insegurança, já que havia indicações de que o Estado de Alagoas poderia solicitar um valor muito mais alto”, escreveu a dupla em relatório. 

O banco tem recomendação neutra para BRKM5 com preço-alvo de R$ 18 — o  que representa um potencial de 175,2% sobre o preço de fechamento da última segunda-feira (11). Ontem, a ação encerrou cotada a R$ 6,54.

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Já o UBS BB afirmou que os resultados foram “fracos”, em meio a um cenário industrial desafiador que continua a persistir. 

“Enquanto um retorno a spreads de meio de ciclo parece fora do radar de curto prazo, o consumo de caixa nos 9M25 (nove meses de 2025) já atingiu US$ 1,1 bilhão, reforçando uma das nossas principais preocupações com a tese”, afirmaram os analistas Tasso Vasconcellos, Matheus Enfeldt e Victor Modanese. 

Por outro lado, o trio destaca que cinco fatores ajudam a reduzir o risco da petroquímica: projeto de lei REIQ/PRESIQ no Congresso; notícias sugerindo uma resolução da estrutura acionária; medidas antidumping; o acordo anunciado com o Estado de Alagoas com um longo cronograma de pagamento; e tarifas de importação renovadas durante o trimestre. 

“Juntos, esses fatores permanecem como pré-condições para um retorno à geração de caixa em um futuro previsível.”

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Os analistas, porém, acrescentaram que “embora o progresso tenha começado a se materializar”, eles continuam a “ver um caminho que pode enfrentar volatilidade e incerteza significativas”. 

O banco, assim como o Safra, tem recomendação neutra para BRKM5 e preço-alvo de R$ 10 nos próximos 12 meses —  o  que representa um potencial de 52,9% sobre o preço de fechamento da última segunda-feira (11).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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