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Brava Energia (BRAV3): O fator para a companhia recuperar o balanço e destravar dividendos, segundo BTG

09 jun 2025, 16:11 - atualizado em 09 jun 2025, 17:41
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O BTG Pactual reduziu o preço-alvo para a Brava Energia, mantendo recomendação de compra (Imagem: Divulgação)

O BTG Pactual reduziu o preço-alvo para a Brava Energia (BRAV3) de R$ 32 para R$ 28 em relatório, mas manteve a recomendação de compra. O banco tem em vista uma evolução significativa da petrolífera nos últimos trimestres, no entanto, considera que uma reprecificação pode levar tempo.

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Segundo o BTG, o centro da tese de investimento da Brava está na capacidade de a empresa gerar consistentemente fluxo de caixa operacional, o que será crucial para acelerar a recuperação do balanço e, eventualmente, permitir uma agenda de pagamento de dividendos mais relevante.

A equipe de analistas liderada por Luiz Carvalho pondera que, passada a fase de integração da fusão, marcada por incertezas e ramp-up operacional, a empresa se encontra bem-posicionada para gerar valor a partir de uma base de ativos diversificada e estável, abrindo um caminho mais rápido para a desalavancagem.

A Brava é resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta – e estreou na Bolsa em setembro de 2024.

Nesta segunda-feira (9), BRAV3 encerrou a sessão com queda de 2,54%, a R$ 19,15. No ano, os papéis acumulam baixa de 18,58%.

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Brava Energia deve ter fluxo de caixa pressionado

Os analistas do BTG colocam que, incorporando os resultados do primeiro trimestre de 2025 da Brava Energia, a última certificação de reservas e uma curva de Brent de longo prazo revisada, chegaram ao preço-alvo de R$ 28.

“Embora isso ainda implique um potencial de valorização significativo, acreditamos que a Brava precisa primeiro provar sua capacidade de manter estabilidade operacional e avançar na desalavancagem antes que ocorra uma reprecificação mais ampla”, dizem.

A alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.

“Em um cenário macroeconômico onde o capital está cada vez mais seletivo, especialmente com nomes do segmento de produção, acreditamos que os investidores provavelmente adotarão uma postura de ‘ver para crer’ antes de reprecificar a ação”, dizem os analistas.

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O BTG estima um Ebitda de cerca de US$ 900 milhões em 2025 e US$ 1 bilhão em 2026. Ainda assim, a geração de fluxo de caixa da companhia deve continuar decepcionante nos próximos dois anos, uma vez que capex (investimentos) e custos financeiros continuam pressionando o fluxo de caixa, disse o banco.

Os analistas apontam um relevante capex de cerca de US$ 450 milhões em 2025 e US$ 500 milhões em 2026. Além disso, eles notam uma curva de preços do petróleo menor à frente, US$ 65 por baril ante US$ 70 anteriormente.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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