BRB: Banco Central aprova Nelson Souza como presidente da instituição
O Banco Central aprovou, na quarta-feira (26), Nelson Antônio de Souza como novo presidente do Banco de Brasília (BRB).
A indicação de Souza foi feita pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e divulgada ao mercado em 19 de novembro.
Antes da aprovação pelo BC, o executivo passou por sabatina na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que aprovou seu nome, assim como o plenário da Casa.
“Meu compromisso é defender o BRB e trabalhar junto com os mais de cinco mil empregados do Conglomerado BRB para fazer com que a instituição siga sendo forte, sólida e que dê ainda mais orgulho à população de Brasília. Faremos um choque de gestão, em parceria com os órgãos de controle, sempre observando a legislação”, afirmou Souza.
Quem é Nelson de Souza
Com 45 anos de experiência no mercado financeiro, Nelson Souza possui MBA em Consultoria Empresarial pela Universidade de Brasília (UnB) e em Administração e Marketing pelo Instituto de Estudos Empresariais do Rio de Janeiro. Ele também é graduado em Letras e Psicologia.
Souza iniciou a carreira como menor aprendiz no Banco do Brasil, onde ingressou por concurso. Em 1979, passou a atuar na Caixa Econômica Federal, também por concurso, onde ocupou diversos cargos, incluindo vice-presidente de Habitação, antes de se tornar presidente da instituição em 2018.
Além disso, presidiu o Banco do Nordeste (BNB), a Desenvolve SP e a BrasilCap. Mais recentemente, ocupava o cargo de vice-presidente da Elo.
Novo presidente e o caso Master
Nelson Souza foi indicado após a Justiça Federal determinar o afastamento de Paulo Henrique Costa, então presidente do BRB. A troca ocorreu após o banco ser citado na Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que investiga negociações envolvendo títulos falsos ligados ao Banco Master.
Em 18 de novembro, agentes da PF prenderam Daniel Vorcaro, dono do Master, quando ele tentava embarcar para o exterior. A investigação apura crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
Paralelamente, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, que enfrentava dificuldades nos últimos meses. Em março, o BRB havia anunciado a compra da instituição, mas o negócio foi vetado pelo BC.
BRB diz que maior parte já foi regularizada
Ao final da semana passada, o Banco de Brasília declarou que mantém sua solidez financeira, após reportagens indicarem operações de cessão de carteiras relacionadas ao Banco Master.
Segundo o BRB, dos R$ 12,76 bilhões apontados como exposição bruta de carteiras com documentação fora dos padrões exigidos, mais de R$ 10 bilhões já foram liquidados ou substituídos, e o valor restante não representa exposição direta ao Master.