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Quer um iPhone no Natal? Torça para que a Apple encomende os chips agora

17 abr 2020, 14:36 - atualizado em 17 abr 2020, 15:01
Broadcom
O executivo pediu aos clientes que fizessem pedidos pelo menos 26 semanas antes da entrega (Imagem: Facebook/Broadcom)

A Broadcom alertou clientes de que precisarão fazer pedidos de peças com pelo menos seis meses de antecedência, um prazo surpreendentemente longo que indica gargalos mais amplos do que o previsto na cadeia de suprimentos global do setor de tecnologia.

Confinamentos na Malásia, Tailândia, Cingapura e Filipinas estão “fechando ou restringindo gravemente as operações comerciais”, segundo carta a clientes escrita por Nilesh Mistry, vice-presidente de vendas da Broadcom, com data de 13 de abril e vista pela Bloomberg News.

O executivo pediu aos clientes que fizessem pedidos pelo menos 26 semanas antes da entrega, o que significa que tudo o que for pedido agora será enviado exatamente na temporada crítica do Natal. O prazo de entrega típico é de dois a três meses.

A carta da Broadcom – que fabrica importantes componentes para o iPhone da Apple – gera preocupações de que o Covid-19 esteja atingindo a cadeia de suprimentos de tecnologia muito além da China, onde o novo coronavírus surgiu.

Embora a China esteja se recuperando, os confinamentos e ordens de quarentena em regiões como o Sudeste Asiático causam um impacto ainda desconhecido no fornecimento de eletrônicos.

“As opções de transporte aéreo e marítimo tornaram-se pouco confiáveis, mais caras e com maiores atrasos”, escreveu Mistry.

A carta aos clientes não especificou quais produtos estão com atraso no envio e qual é o prazo de entrega normal da Broadcom entre pedidos e entrega. “Esperamos que, à medida que a comunidade global encontrar métodos melhores para lidar com a pandemia do Covid-19” as dificuldades diminuirão e poderemos retomar nossas operações normais, segundo a carta.

A empresa com sede em San José, Califórnia, não quis comentar.

A Broadcom faz parte da mesma cadeia de suprimentos usada pela maioria dos fabricantes de chips do mundo para terceirizar a produção, testes e embalagem de seus produtos.

É um link crítico para produtos como celulares e hardware de data centers. Quaisquer atrasos na entrega de seus semicondutores podem se espalhar por toda essa rede de suprimentos e atrasar lançamentos de alguns dos eletrônicos mais conhecidos e amplamente usados no mundo.

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