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BTG Pactual ainda aguarda um ponto de virada da Ambev

13 jul 2020, 12:17 - atualizado em 13 jul 2020, 12:27
Stella Artois-Ambev
A queda projetada para os volumes da Ambev no segundo trimestre é de 15,4% (Imagem: Reprodução/Ambev)

O BTG Pactual (BPAC11) continua em busca de uma virada positiva da Ambev (ABEV3). A pandemia de covid-19 afetou severamente as estimativas de ganhos da companhia no curto prazo, mas a queda nos volumes de cerveja deve vir menor do que o esperado no segundo trimestre.

“Nos resultados dos primeiro trimestre, a Ambev disse que os volumes consolidados caíram 27% na comparação anual em abril. Acreditamos que os volumes de cerveja no Brasil caíram mais do que isso devido à maior exposição ao canal de consumo imediato. Mas nossa percepção é de que, conforme o trimestre progredia, o aumento da mobilidade social e o suporte financeiro por parte do governo ajudaram a elevar o consumo de cerveja”, afirmam os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin.

O BTG estima que os volumes do mercado de cerveja tenham caído “apenas” 13% no período. A queda projetada para os volumes da Ambev é de 15,4%.

Apesar da melhora na perspectiva, o ambiente permanece desafiador para as cervejarias. Devido a um mix mais fraco de produtos, ao aumento do consumo de cerveja em casa e uma pressão maior nas margens, o banco prevê que as vendas líquidas, o Ebitda e o lucro por ação (LPA) da Ambev chegaram a, respectivamente, R$ 10,6 bilhões, R$ 3,4 bilhões e R$ 0,07 entre abril e junho.

Ambev
Na avaliação do BTG, uma execução comercial mais forte, o avanço da plataforma digital e as dificuldades enfrentadas pelas marcas rivais devem ajudar a companhia a recuperar participação de mercado (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Cautela

Comparada aos pares, a Ambev possui um histórico de superação de crise positivo. Na avaliação do BTG, uma execução comercial mais forte, o avanço da plataforma digital e as dificuldades enfrentadas pelas marcas rivais devem ajudar a companhia a recuperar participação de mercado.

No entanto, o banco permanece com uma perspectiva cautelosa para o nome.

“A Ambev não só continua dependente do sucesso de suas principais marcas no canal de venda imediata, ainda em processo de recuperação, como também da nova mentalidade do consumidor, que provavelmente continuará demandando margens mais baixas antes de estabilizar o market share”, explicam Duarte e Brustolin.

A recomendação para a ação, portanto, é neutra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 13.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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