AgroTimes

Por menor oferta de gado e inversão para aves, JBS (JBSS32) é a única recomendação de compra do BTG no setor

07 out 2025, 11:32 - atualizado em 07 out 2025, 11:42
gado aves ações btg pactual
(iStock.com/Syldavia)

O BTG Pactual mantém recomendação de compra (preço-alvo de R$ 76,42) apenas para a JBS (JBSS32dentro da sua cobertura do setor de proteínas, com base em análise dos dados de exportação de carnes da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) para setembro e o terceiro trimestre, além das informações sobre spreads das proteínas dos EUA. Segundo os analistas, o momento aponta também para uma normalização das margens do frango nos EUA. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No cenário atual de demanda global resiliente e oferta restrita no exterior, os embarques de carne bovina do Brasil atingiram um novo recorde trimestral, com alta de 25% na comparação anual e de 17% frente setembro. Os preços da carne bovina, por sua vez, se mantiveram estáveis, mas 24% acima de 2024. 

Quanto ao mercado interno, o ciclo de retenção atrasado manteve a oferta de gado elevada e os preços estáveis no mês, enquanto os preços mais firmes da carne bovina elevaram os spreads em 2%. 

“A queda mais intensa dos preços da carne frente ao gado no terceiro trimestre fizeram os spreads recuarem 1,4% em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, as exportações fortes devem sustentar um trimestre mais sólido para Minerva Foods (BEEF3) – neutro, preço-alvo de R$ 8 e potencial de alta de 20,48%”, apontam Thiago Duarte e Guilherme Guttilla. 

  • LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar

No setor de frango, os spreads domésticos e de exportação recuaram modestamente devido à queda nos preços. Os volumes exportados se recuperaram gradualmente à medida que as restrições foram sendo reduzidas e os embarques encontraram novos destinos, embora os preços ainda estejam impactados pela ausência da China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Os volumes de setembro superaram em 4% os níveis de abril – antes do embargo -, mas os preços caíram 4% desde então, já que as exportações foram redirecionadas para mercados que pagam menos”. 

Os preços do frango no atacado subiram 3% no mês no mercado interno, com os spreads acompanhando esse aumento. No trimestre, tanto as margens domésticas quanto as de exportação caíram levemente, já que os custos menores compensaram a queda de 6% nos preços.

A carne nos EUA e a normalização para o frango 

Nos EUA, os spreads da carne bovina subiram 2% no mês, mas ainda estão 5% abaixo da média histórica. O ciclo de retenção continua limitando a disponibilidade de gado, e uma recuperação sustentada ainda parece distante. 

Já os spreads do frango caíram de forma acentuada (-20% no mês), após fortes quedas nos preços — 23% no peito e 13% nas asas. Em relação ao segundo trimestre, os spreads caíram 14% em meio a uma contração de 20% nos preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em setembro, a produção de frango foi cerca de 6% superior aos níveis do ano passado, com maior abate semanal de frangos de corte e aves mais pesadas.

“Essas dinâmicas apontam para uma normalização gradual das margens do frango após o forte rali do primeiro semestre, o que deve começar a pesar nos resultados da Pilgrim’s Pride (JBS) neste trimestre”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar