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C&A: analistas chamam atenção para vendas pré-covid melhores do que o esperado

28 maio 2020, 11:17 - atualizado em 28 maio 2020, 11:17
C&A Varejo Moda Empresas
A aceleração de abertura de lojas nos próximos anos, a implementação da estratégia Push&Pull e o avanço do comércio eletrônico poderão sustentar as perspectivas de crescimento da companhia (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

A Ágora Investimentos se surpreendeu com os resultados do primeiro trimestre de 2020 da C&A (CEAB3). Apesar da queda significativa dos números no período, a corretora destacou o crescimento das vendas e da lucratividade no cenário pré-pandemia.

Até meados de maio, a C&A reportou crescimento de 7,3% do SSS (Vendas Mesmas Lojas), tendo a categoria Moda avançado 9,3%.

“Isso mostra que a C&A está começando a cumprir os planos apresentados durante o IPO do ano passado”, comentaram os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles.

A situação mudou drasticamente depois que os surtos de coronavírus começaram a pipocar no Brasil. Por conta das restrições impostas pelos governos estaduais para conter a disseminação da doença, as lojas da companhia foram temporariamente fechadas, impactando o lucro, o Ebitda e, principalmente, o SSS, cujo índice encerrou em -9,7%.

O prejuízo líquido pró-forma foi de R$ 45,9 milhões, enquanto a receita líquida atingiu R$ 976,9 milhões. O Ebitda ajustado retraiu 87,9% na comparação anual, encerrando em R$ 4,8 milhões.

Curto prazo desafiador

O curto prazo se mostra bastante complicado para a varejista de moda, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11).

“A C&A deve enfrentar um cenário desafiador no curto prazo por conta da presença da covid-19 no Brasil (com o fechamento de lojas parcialmente amparado pela maior participação das vendas no e-commerce)”, afirmaram os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi.

No entanto, o banco acredita que a aceleração de abertura de lojas nos próximos anos, a implementação da estratégia Push&Pull e o avanço do comércio eletrônico poderão sustentar as perspectivas de crescimento da companhia.

A recomendação do BTG para a ação é de compra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 18.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.