Comprar ou vender?

C&A (CEAB3): Fim da parceria com Bradesco abre espaço para compra das ações? Veja o que dizem 3 analistas

24 jun 2025, 16:38 - atualizado em 24 jun 2025, 17:36
C&A
Ações da C&A reagem positivamente ao anúncio de fim da parceria com o Bradesco (Imagem: BalkansCat/iStock)

O fim da parceria entre a C&A (CEAB3) e o Bradesco agradou ao mercado e impulsiona o desempenho das ações nesta terça-feira (24).

As ações encerraram o pregão com alta de 2,64%, a R$ 17,47. Acompanhe o tempo real.



Na véspera (23), a varejista de moda encerrou oficialmente sua parceria com o banco e o Bradescard, iniciada em 2009, para a oferta de produtos e serviços financeiros aos seus clientes.

Segundo fato relevante, a varejista firmou um termo de transação e encerramento do contrato com os bancos e, como parte do acordo, vendeu os direitos relacionados à carteira do cartão bandeirado Bradescard por R$ 170 milhões.

Além disso, a C&A informou a quitação antecipada do valor de R$ 650,6 milhões referente a recompra dos direitos de explorar, de forma independente, a oferta de serviços financeiros – anteriormente exclusiva do Bradesco. Essa obrigação teria vencimento originalmente em julho de 2025.

Notícia é positiva para a C&A

O BTG Pactual considera os termos líquidos da transação positivos para a C&A. A equipe de analistas liderada por Luiz Guanais pondera que a venda dos direitos associados à carteira de cartões de crédito da marca Bradescard compensa parcialmente o pagamento da recompra e aumenta a autonomia da C&A na definição de futuras ofertas financeiras.

“Embora o crédito continue sendo um importante facilitador de vendas, a Bradescard representou apenas 13% da receita de serviços financeiros da empresa no 1T25, contra 87% da C&A Pay”, avaliam.

O banco permanece observando os sinais encorajadores que levaram a adotar uma postura mais construtiva em relação à empresa nos últimos meses. A recomendação do BTG é de compra, com preço-alvo de R$ 22.

“A C&A está apresentando melhorias na produtividade das lojas e na rentabilidade operacional, mantendo uma postura mais cautelosa em suas operações de crédito — uma abordagem prudente em meio às taxas de juros persistentemente altas no Brasil”, dizem os analistas.

Para Itaú BBA, ainda que o crescimento financeiro de curto prazo seja modesto, o anúncio reforça a mudança estratégica mais ampla da C&A em direção à verticalização de seus serviços financeiros.

“A monetização do portfólio legado a um valor acima do esperado adiciona conforto adicional em relação à execução e ajuda a organizar a última etapa da transição”, diz Rodrigo Gastim e equipe.

O BBA também conta com recomendação de compra para CEAB3, com preço-alvo de R$ 15.

Os analistas Pedro Pinto, do Bradesco BBI, e Flávia Meirelles, da Ágora Investimentos, endossam o coro de otimismo com a tese da C&A, uma vez que a companhia está combinando revisões de aumento do lucro, sustentadas por iniciativas internas de produtividade e lucratividade.

Além disso, a varejista vem entregando ganhos persistentes de participação de mercado. Os analistas reiteram a recomendação de compra.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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