C&A (CEAB3): Lucro líquido soma R$ 200 milhões no 2º trimestre, alta anual de 138,9%

A C&A (CEAB3) reportou lucro líquido de R$ 200,3 milhões no segundo trimestre deste ano (2T25), crescimento de 138,9% em relação a igual período de 2024.
Além de o desempenho ter sido impulsionado por aumento de vendas e controle de despesas, a companhia também atribuiu o resultado à alienação da carteira legado referente à parceria com o Bradescard.
Com o encerramento da parceria, firmada em 2009 com o banco do Bradesco e a Bradescard, a C&A diz que conclui um pilar estratégico do IPO relacionado a recompra dos direitos de ofertar produtos e serviços financeiros por R$ 650,6 milhões, além da alienação da carteira remanescente do cartão bandeirado por R$ 170 milhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (pré IFRS-16) alcançou R$ 315,9 milhões no período, um resultado 29,8% superior ao registrado no segundo trimestre de 2024.
A expansão da margem bruta de mercadorias no trimestre e os melhores níveis de perdas líquidas de recuperação contribuíram com o resultado. Com isso, a margem Ebitda foi de 15,3%, expansão de 2,1 pontos porcentuais (p.p.) na comparação anual.
- CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente
Já a receita líquida consolidada somou R$ 2,058 bilhões, alta de 12,4% ante um ano antes. Em vestuário, a receita aumentou 17,4% ao atingir R$ 1,7 bilhão. “As temperaturas mais baixas desde abril contribuíram para a dinâmica positiva de vendas”, escreveu a companhia em release de resultados.
Além disso, a empresa teve evolução no ciclo de conversão de caixa do trimestre, com destaque para eficiência na gestão de estoques com evolução no giro. A geração de caixa livre ajustada foi de R$ 185 milhões, representando um crescimento de 192,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse resultado, segundo a companhia, viabilizou a queda da alavancagem total para 0,3 vez (dívida líquida/Ebitda ajustado pré-IFRS16) e a redução de 73% na dívida líquida em comparação ao segundo trimestre de 2024, para R$ 286,6 milhões.
“Com isso, fortalecemos nossa estrutura de capital e asseguramos a sustentabilidade dos nossos investimentos estratégicos”, disse a administração da empresa.
Em linha com a estratégia de expansão, a C&A investiu R$ 111 milhões no trimestre, um incremento de 95,8% frente ao segundo trimestre de 2024. Do total, R$ 62 milhões foram destinados às modelagens e reformas de sete lojas. No trimestre, também houve a abertura de um nova unidade em Valinhos/SP. Com isso, a empresa encerrou o período com 333 lojas.