Café arábica atinge uma mínima de quase 3 meses na ICE; soja cai pela 4ª sessão em Chicago

(Foto: Reuters/Carla Carniel)

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Os contratos futuros do café arábica na bolsa ICE atingiram mínimas de quase três meses nesta quarta-feira, com a retomada das vendas de exportação no Brasil, o maior produtor, em meio a uma melhor perspectiva para a safra do país no próximo ano, enquanto o açúcar bruto caiu pela terceira sessão consecutiva.

O café arábica recuou 4,7 centavos, ou 1,3%, a US$3,474 por libra-peso, tendo atingido seu nível mais baixo desde o final de setembro, a US$3,4675.

Os negociantes disseram que a pressão contínua dos cafeicultores para fixar o preço dos grãos está pesando, com o clima quase ideal no Brasil, o maior produtor, também sendo um bom presságio para a safra do próximo ano.

O Conselho Nacional do Café do Brasil disse em uma nota que os embarques menores nos meses anteriores provavelmente não foram causados por supostos baixos suprimentos, acrescentando que os estoques parecem ser adequados.

O café robusta caiu 3,3%, para US$3.705 a tonelada métrica, tendo atingido seu nível mais baixo desde meados de agosto, de US$3.676.

Os negociantes citaram a venda agressiva por parte de negociantes locais no Vietnã, maior produtor de robusta.

Cacau

O cacau de Nova York fechou em queda de US$20, ou 0,3%, a US$5.978 por tonelada.

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O cacau de Londres caiu 0,3%, para 4.351 libras por tonelada.

Os negociantes disseram que o mercado continua preocupado com a produção na Costa do Marfim, o maior produtor, e está observando atentamente os dados de chegada aos portos para ver se continuam a melhorar.

Além disso, o Citi previu que o mercado global de cacau registrará um superávit abaixo do esperado de apenas 80.000 toneladas na temporada 2025/26, observaram os negociantes.

As ações da Barry Callebaut subiram 6% na terça-feira, depois que a Reuters informou que a empresa estava pensando em desmembrar sua unidade global de cacau em meio à volatilidade dos preços da amêndoa.

Açúcar

O açúcar bruto caiu 0,06 centavo, ou 0,4%, a 14,76 centavos de dólar por libra-peso. Foi a terceira sessão consecutiva de perdas para o adoçante.

O Departamento de Agricultura dos EUA disse em um relatório que a produção global de açúcar na temporada 2025/26, que começou em outubro, aumentará em 8,3 milhões de toneladas em relação à temporada anterior, para 189,3 milhões de toneladas.

As ações da Suedzucker, da Alemanha, caíram 2,8% depois que a empresa orientou para um leve declínio na receita e no lucro básico em 2026/27.

O açúcar branco caiu 0,2%, para US$422,30 por tonelada.

Soja cai pela 4ª sessão em Chicago, já que persistem preocupações com demanda da China

Os contratos futuros de soja da bolsa de Chicago encerraram em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta quarta, com os operadores se desfazendo de algumas de suas posições antes das festas de fim de ano — apesar das novas notícias sobre as vendas de exportação para a China, segundo analistas de mercado.

A soja para janeiro caiu 4,50 centavos, a US$10,5825 por bushel, o menor valor desde 23 de outubro.

O Departamento de Agricultura dos EUA relatou vendas de 323.000 toneladas métricas de soja dos EUA para o ano comercial de 2025/26 — com 198.000 toneladas para a China e 125.000 toneladas para “destinos desconhecidos”.

Os agricultores e comerciantes dos EUA têm observado de perto a demanda da China por produtos agrícolas norte-americanos desde que o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping fecharam uma trégua comercial no final de outubro.

Os contratos futuros de trigo caíram pela quarta sessão consecutiva na quarta-feira, atingindo a mínima em oito semanas, devido à ampla oferta e ao progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, o que levou a vendas por parte de investidores especulativos, disseram analistas de mercado.

O contrato março fechou em queda de 3,25 centavos, a US$5,0625 por bushel. Mais cedo, chegou a US$5,04 por bushel – seu menor nível desde 23 de outubro.

Os contratos futuros de milho foram impulsionados pela demanda de exportação e por análises técnicas. Analistas de mercado afirmam que a queda nos preços ocorrida no dia anterior pode estar atraindo mais compradores para a oferta dos EUA.

Nesta quarta-feira, o contrato março fechou em alta de 4 centavos, a US$4,405 por bushel.