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Café despenca na ICE; açúcar bruto fecha em alta

05 mar 2021, 19:45 - atualizado em 05 mar 2021, 19:45
Café Agronegócio Grãos
O café arábica para maio recuou 3,3 centavos de dólar (Imagem: Reuters/Jose Roberto Gomes)

Os contratos futuros do café negociados na ICE fecharam em forte queda nesta sexta-feira, com os preços tanto do arábica quanto do robusta atingindo os menores níveis em quase duas semanas, enquanto o açúcar bruto terminou a sessão em alta.

Café

O contrato maio do café robusta fechou em queda de 25 dólares, ou 1,8%, a 1.381 dólares por tonelada, menor patamar em quase duas semanas.

A corretora Marex Spectron, em relatório divulgado nesta sexta-feira, estimou a safra de robusta (conilon) do Brasil em 20,8 milhões de sacas, alta de 9,5% em relação à temporada anterior.

O relatório projetou um superávit de 1,4 milhão de sacas de robusta em 2021/22, mas um déficit de 12,1 milhões de sacas de arábica.

O café arábica para maio recuou 3,3 centavos de dólar, ou 2,5%, para 1,2885 dólar por libra-peso.

A Marex Spectron projetou a safra de arábica do Brasil em 2021/22, um ano de baixa no ciclo produtivo bienal do país, em 32,8 milhões de sacas, forte queda em relação aos 50 milhões de sacas da safra anterior.

O clima mais úmido previsto para áreas cafeeiras do Brasil nos próximos dias também foi citado como um fator baixista.

Açúcar

O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,14 centavo de dólar, a 16,40 centavos de dólar por libra-peso, impulsionado em parte pelo avanço nos preços do petróleo, que atingiram o maior nível em quase 14 meses.

A trading Sucden disse em nota nesta sexta-feira que espera um pequeno déficit global de açúcar em 2021/22, já que o aumento da produção no Hemisfério Norte será compensado por uma produção menor no Brasil.

A Sucden estima que a produção total de sacarose no centro-sul do Brasil cairá cerca de 10% na nova temporada, devido a uma safra menor de cana estimada entre 575 milhões e 580 milhões de toneladas e à menor concentração de açúcar na cana.

O açúcar branco para maio avançou 1,50 dólar, para 463,50 dólares a tonelada.

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