CryptoTimes

Caio Mesquita: A criação do Universo

11 dez 2021, 11:45 - atualizado em 13 dez 2021, 9:44
Caio Mesquita, Empiricus
“Salvo você seja do ramo, é provável que seu conhecimento sobre o metaverso esteja no mesmo nível que o meu, ou seja, praticamente nulo”, aponta o colunista (Imagem: Divulgação/Empiricus)

Desde de 28 de outubro deste ano, data em que Mark Zuckerberg anunciou o rebatismo do seu Facebook para Meta, o conceito de metaverso entrou definitivamente em nossas conversas cotidianas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pouca vezes algo foi tão comentado e discutido por uma imensidão de pessoas que não têm a mínima ideia do que estão falando.

Até o dominical Fantástico abordou o tema na semana passada, tentando esclarecer a milhões de brasileiros ansiosos como suas vidas estariam prestes a serem revolucionadas pela nova tecnologia.

Longe da TV aberta, ou mesmo a fechada, há alguns anos, confesso que não assisti o programa. Mas o simples fato de um programa popular dedicar parte de sua programação demonstra o enorme fascínio que o assunto desperta.

Salvo você seja do ramo, é provável que seu conhecimento sobre o metaverso esteja no mesmo nível que o meu, ou seja, praticamente nulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ciente, tanto da minha ignorância como do meu dever em me informar sobre algo que tem, em tese, potencial de modificar nossas vidas em diversos planos, inclusive o econômico, tenho investido certo tempo para absorver conceitos básicos sobre o que está por vir.

Pelo que pude apurar, a proposta embutida do Multiverso é obviamente nova mas não deixa de ser antiga.

A busca por experiências que simulem a realidade atrai a humanidade antes mesmo de desenvolvermos tecnologia para tanto.

Invariavelmente a nossa imaginação projeta primeiro algo que a tecnologia só viabiliza posteriormente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Produtos de cinema e televisão dos anos noventa já sabiam que o futuro da entrega de conteúdo seria online, mas a Netflix precisou do streaming para começar a decolar na década seguinte.

O próprio computador pessoal já era discutido décadas antes da Microsoft desenvolver o software que permitiu a sua popularização.

Teleconferências e vídeo chamadas eram o principal meio de comunicação nos filmes e séries de ficção científica no anos sessenta mas precisamos da internet e depois da banda larga para conversarmos virtualmente com nossos amigos e colegas.

O metaverso que surge hoje tem acesso a tecnologia e recursos inatingíveis para a sua versão primitiva, o Second Life do início do início dos anos 2000.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A fusão das realidades, virtual, aumentada e física, proposta pelo metaverso começa a ser gradualmente permitida.  Capacidade computacional, redes 5G, criptomoedas e novos equipamentos, como os óculos VR prometidos por Zuckerberg encurtam a estrada para o novo universo.

A melhor definição da construção do metaverso que li veio de Matthew Ball, investidor e entusiasta de novas propostas tecnológicas. 

Ball traçou um paralelo com a Livro de Gênesis do Antigo Testamento, que descreve a criação divina dos elementos do universo, como o Céu e a Terra (infraestrutura), seguida das leis da natureza (protocolos) e, por fim, o início da vida (conteúdo), que evolui e se desenvolve. 

Em resumo.  Ainda estamos observando o princípio de algo potencialmente revolucionário.  As oportunidades são proporcionais às dimensões das mudanças a serem desenvolvidas, com amplos e profundos impactos e aspectos, inclusive econômicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se você é pai, seja de crianças ou adolescentes, sabe que os chamados early adopters já incorporam em seu dia a dia, alguns dos aspectos que o metaverso promete popularizar, demonstrando o potencial brutal de crescimento imbutido na proposta do metaverso.

Sob o aspecto restrito de investimentos, vejo uma clara semelhança entre o metaverso as e as criptomoedas , com ambos apresentando uma clara assimetria positiva entre as possibilidades de ganho e perda.

Termino convidando para assistir a série sobre o Metaverso que a Vitreo preparou.

Confira aqui

Deixo você agora com os destaques da semana.

Boa leitura e um abraço,

Caio

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Sócio-fundador e CEO da Empiricus
É administrador pela FGVUSP e possui MBA pela Columbia University de Nova York. Foi professor de Mercado de Capitais no IBMEC São Paulo. Trabalhou no Bank Boston e foi diretor de mercado de capitais no Banco Paribas e Banco Brascan. Antes de fundar a Empiricus, foi fundador e sócio-diretor da rede de restaurantes Wraps/Gofresh.
CaioMesquita@moneytimes.com.br
É administrador pela FGVUSP e possui MBA pela Columbia University de Nova York. Foi professor de Mercado de Capitais no IBMEC São Paulo. Trabalhou no Bank Boston e foi diretor de mercado de capitais no Banco Paribas e Banco Brascan. Antes de fundar a Empiricus, foi fundador e sócio-diretor da rede de restaurantes Wraps/Gofresh.