Economia

Campos Neto: ‘Sou muito contra uma eventual moeda comum entre Brasil e outros países’

02 jun 2023, 14:56 - atualizado em 02 jun 2023, 14:56
Roberto Campos Neto, Banco Central
Presidente do Banco Central afirmou que a autarquia está trabalhando em uma tecnologia para baratear as transações financeiras, bem como melhorar a eficiência e velocidade (Imagem: Rafael Ribeiro/BCB)

Roberto Campos Neto disse ser contra a ideia de uma moeda única na América Latina, em evento organizado pelo Valor Capital Group nesta sexta-feira (2).

“Sou muito contra uma eventual moeda comum entre Brasil e outros países”, disparou.

“Quando você tem uma moeda que resulta da união de duas moedas, a interseção seria uma mistura da realidade de dois países, seria a interseção da inflação de dois países”, disse o presidente do Banco Central.

Campos Neto também defendeu a utilização de tokens e contratos inteligentes. Além disso, afirmou que a autarquia está trabalhando em uma tecnologia para baratear as transações financeiras, bem como melhorar a eficiência e a velocidade.

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“Estamos tentando atingir um regime de intermediação mais digital. Isso aumenta a competitividade”, pontuou Campos Neto, destacando também a possibilidade de uso mais eficiente de seguros nas operações.

O presidente do Banco Central discutiu sobre os desafios para se ter um sistema de intermediação mais eficiente, entre eles a proteção de dados. Esse é um dos temas tratados no desenvolvimento do Real Digital, inclusive.

Campos Neto ainda levantou a possibilidade, novamente, de utilizar contratos inteligentes na intermediação financeira do cotidiano. A tecnologia está sendo desenvolvida pela blockchain da Hyperledger Besu, escolhida durante o programa piloto do Real Digital.

“E se tivermos um contrato para fazer isso automaticamente?”, questionou.

“Para nós, o pagamento digital é uma pequena parte do que estamos tentando fazer”, finaliza.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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