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Cannabis: Indústria do Brasil deixa de arrecadar mais de R$ 25 bilhões livres de impostos por ano; entenda

20 maio 2023, 14:13 - atualizado em 22 maio 2023, 18:02
Cannabis indústria Cannabi$
De acordo com a Kaya Mind, taxação do uso adulto, medicinal e industrial da cannabis resultaria em mais de R$ 10 bilhões anualmente (Foto: Pixabay)

A cannabis é uma planta, que apesar de contar com um forte estigma social em seu entorno, possui diferentes benefícios, principalmente no que diz respeito ao uso medicinal, com estudos que apontam benefícios para pacientes com doenças e patologias como esclerose, Alzheimer, dor crônica, câncer, autismo e epilepsia. 

Recentemente, você conferiu aqui no Agro Times, o quanto Brasil poderia arrecadar com a produção do cânhamo industrial, subespécie da Cannabis sativa L. sem efeitos psicotrópicos, que se destaca como uma importante matéria-prima com mais de 25 mil usabilidades, com a China se destacando como a principal produtora no mundo. 

Com isso, fica a dúvida, quanto o Brasil deixa de arrecadar, pensando em um cenário onde o uso industrial do cânhamo e os usos medicinais e recreativos fossem permitidos por lei e consolidados no país? 

Uso medicinal da cannabis

De acordo com a Kaya Mind, consultoria voltada ao mercado da cannabis, o Brasil tem potencial de arrecadar cerca de R$ 9,5 bilhões com a implementação da indústria medicinal. 

Dessa forma, a expectativa é de que o país arrecade entre 30% e 33% em impostos, o que significaria algo entre R$ 2,85 bilhões e R$ 3,14 bilhões.  

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a cannabis medicinal já é uma realidade em países como Alemanha, Israel, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai. Nos Estados Unidos, o uso medicinal está legalizado em 36 estados dos 50 estados. 

Uso adulto da cannabis 

Grande parte dos rótulos negativos em torno da cannabis, se referem ao uso adulto, o chamado uso recreativo. 

Segundo a consultoria, o uso recreativo movimentaria R$ 11 bilhões, pouco acima do uso medicinal.

Com a taxação, que ficaria entre 30% – 35%, o país poderia arrecadar entre R$ 3,30 bilhões e R$ 3,85 bilhões. 

Arrecadação total 

Dessa forma, se somarmos os valores da produção industrial do cânhamo, cannabis medicinal e uso adulto, assim com a arrecadação de impostos, a indústria acumularia valores entre R$ 34,98 bilhões e R$ 35,81 bilhões.

Arrecadação da indústria da Cannabis no Brasil – Kaya Mind Arrecadação Impostos Arrecadação + Impostos Impostos (%)
Uso industrial (Cânhamo) R$ 4,9 bilhões ~ R$ 3,43 bilhões e R$ 3,92 bilhões ~ R$ 8,33 bilhões e R$ 8,82 bilhões 7 – 8
Uso medicinal R$ 9,5 bilhões ~ R$ 2,85 bilhões e R$ 3,14 bilhões ~ R$ 12,35 bilhões e R$ 12,64 bilhões 30 – 33
Uso adulto R$ 11 bilhões ~ R$ 3,30 bilhões e R$ 3,85 bilhões ~ R$ 14,30 bilhões e R$ 14,85 bilhões 30 – 35
Total R$ 25,4 bilhões ~ R$ 9,58 bilhões e R$ 10,41 bilhões ~ R$ 34,98 bilhões e R$ 35,81 bilhões

Vale ressaltar que estes valores são previstos em um cenário quatro anos após a regulamentação de cada uma das indústrias.

Assim, para investidores que gostam de diversificar seus ativos, a Vitreo conta com um fundo relacionado à indústria da cannabis legal, com aplicação inicial mínima de R$ 1000,00.

Contudo, o ativo conta com uma desvalorização de quase 30% ao longo de 2023.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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