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Carne de laboratório está mais próxima de supermercados

12 dez 2020, 9:02 - atualizado em 15 mar 2021, 14:10
Carnes, Marfrig
A Mosa Meat, fundada pelo pioneiro da carne cultivada Mark Post, está entre as pelo menos oito empresas construindo ou operando unidades-piloto (Imagem: YouTube/Marfrig)

A carne livre de abate finalmente começa a migrar do laboratório para a linha de produção.

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Cingapura foi a primeira a permitir a venda de carne cultivada, e mais startups ao redor do mundo se preparam para testar a produção em fábricas de carnes cultivadas em laboratório, como bovina e de frango. Embora o caminho a percorrer seja longo, é uma etapa crucial para levar produtos à base de células às prateleiras dos supermercados.

A Mosa Meat, fundada pelo pioneiro da carne cultivada Mark Post, está entre as pelo menos oito empresas construindo ou operando unidades-piloto.

A empresa holandesa, que produziu o primeiro hambúrguer de carne bovina cultivada do mundo, tem levantado fundos para esses esforços e planeja aperfeiçoar a produção em pequena escala no primeiro semestre do próximo ano, antes de mudar para uma unidade industrial completa já no final de 2022.

“Já provamos em 2013 que podemos fazer hambúrguer”, disse o CEO da Mosa, Maarten Bosch, em entrevista. “Agora, tudo se resume a aumentar a escala e colocar os custos onde deveriam estar. Esta fase se trata exatamente disso.”

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As startups de carne de laboratório cresceram de um pequeno grupo em 2016 para pelo menos 60 atualmente, de acordo com a consultoria Lux Research.

O setor quer tornar a produção mais humana e ambientalmente sustentável e atraiu financiamento de capital de risco recorde neste ano.

Na semana passada, Cingapura aprovou a venda de carne de frango cultivada da Eat Just, justo quando o interesse em proteínas alternativas está em alta.

Ainda existem muitos desafios – desde cortar custos elevados e viabilizar a produção em grande escala até obter a aprovação regulamentar.

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A carne cultivada custa entre US$ 400 e US$ 2 mil o quilo para ser produzida, por isso ainda há um longo caminho até que os preços possam competir com as carnes convencionais, segundo a Lux.

“As economias de escala provavelmente ajudarão a reduzir os custos nos próximos anos”, disse Harini Venkataraman, analista da Lux, em Amsterdã. “É por isso que essas fábricas-piloto são marcos tão importantes.”

O mercado de carne à base de células deve movimentar US$ 140 bilhões na próxima década, de acordo com previsões compiladas pela Blue Horizon, que investe em proteínas alternativas.

Startups que anunciram unidades de teste incluem a Memphis Meats, que recebeu financiamento de Richard Branson e Tyson Foods, bem como a produtora de frutos do mar à base de células BlueNalu.

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A Aleph Farms, que nesta semana recebeu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para provar seu bife, também trabalha em uma fábrica-piloto. Empresas como BioTech Foods, SuperMeat e Eat Just já começaram a testar unidades.

“Não há dúvida de que isso é viável”, disse Ido Savir, CEO da SuperMeat, que abriu uma cozinha de teste para frango cultivado em Israel. “É uma questão de quanto tempo vamos levar para ir de um cenário-piloto, onde estamos, para uma escala comercial.”

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