Empresas

Casas Bahia (BHIA3) avança em plano de reestruturação financeira e dá mais um passo para ter a Mapa Capital como maior acionista

30 jun 2025, 19:38 - atualizado em 30 jun 2025, 19:39
casas bahia
(Imagem: Casas Bahia/Divulgação)

A Casas Bahia (BHIA3) informou ao mercado nesta segunda-feira (30) que os debenturistas aprovaram as alterações propostas no âmbito do seu Plano de Transformação da Estrutura de Capital, incluindo medidas que podem viabilizar a entrada da Mapa Capital como acionista majoritária da companhia.

As deliberações referem-se à 10ª emissão de debêntures e incluem:

  • Antecipação da conversão das debêntures da 2ª série, possibilitando sua conversão em ações ordinárias já a partir deste mês;
  • Postergação do primeiro pagamento de juros das debêntures da 1ª série para novembro de 2027;
  • Reperfilamento do cronograma de amortização, com 20% do principal da 1ª série concentrado em 2027 (antes 11,11%); e
  • Autorização para eventos de liquidez sem amortização antecipada obrigatória por 12 meses.

As mudanças são parte central da negociação com o grupo Mapa Capital, que firmou um memorando de Entendimentos não vinculante com o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) para assumir cerca de R$ 1,6 bilhão em debêntures conversíveis da empresa.

A expectativa é que a conversão desses títulos em ações ocorra até o fim de agosto, condicionada a aprovações regulatórias e societárias.

Se concluída, a operação reduzirá a dívida bruta da Casas Bahia para cerca de R$ 2,9 bilhões e pode levar a Mapa à posição de controle da companhia, conforme indicado pela varejista.

Reestruturação de capital da Casas Bahia

Com a conversão das debêntures — que nada mais são do que títulos de dívidas emitidos pelas empresas — em ações, os débitos da empresa são transformados em capital próprio, reduzindo o endividamento. Ao concretizar o plano, a estimativa é de uma queda na dívida bruta para R$ 2,9 bilhões, e na alavancagem para 0,8 vez, de 1,6 vez.

O cronograma de amortização das debêntures da 1ª série também deve passar por modificação. A parcela prevista para novembro de 2026 deixa de ser amortizada. Já a parcela de novembro de 2027 passa de 11,11% para 20% do valor. As amortizações de novembro de 2028 e novembro de 2029 permanecem em 25% e 100%, respectivamente.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
gabryella.mendes@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar