Casas Bahia (BHIA3): JPMorgan despacha ações

O JPMorgan reduziu sua participação acionária na Casas Bahia (BHIA3) para a 4,93%, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (24).
No comunicado, o banco diz que vendeu total de 71 mil posições em instrumentos derivativos lastreados em ações ordinárias.
Dessa forma, passou a deter 95 milhões de ações ordinárias.
“O objetivo da participação acionária acima mencionada é estritamente de investimento, não tendo como fim alteração do controle ou da estrutura administrativa da companhia”.
Casas Bahia, montanha-russa
As ações da Casas Bahia viraram uma montanha-russa na bolsa, saltando 200% no começo do ano para logo despencar 70%. No ano, o saldo é uma queda de 8,73%.
A pernada se deu na virada do mês de março e, o que começou como um volume atípico de negociações, se mostrou o movimento de dois investidores: Rafael Ferri, da GTF Capital, e Michael Klein, filho do fundador da empresa, Samuel Klein.
O Grupo chegou a informar ao mercado que Ferri atingiu posição superior a 5%, enquanto a participação de Klein expandiu para mais de 10%.
Rafael Ragazzi, analista da Nord Investimentos, atribui a forte alta justamente aos aumentos relevantes dos dois investidores, tendo em vista que a liquidez reduzida da Casas Bahia, somada a um baixo valor de mercado, acabou resultando em uma alta tão expressiva.
Em junho, a Casas Bahia concluiu negociação com credores para converter parte de sua dívida em ações, movimento que vai reduzir a alavancagem da empresa.
No balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da varejista, a dívida bruta era de R$ 4,4 bilhões e alavancagem de 1,6 vezes. No período, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 408 milhões, acima das estimativas de analistas.
Vale lembrar que a alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.